A partir de 2014 os criadores que usam as técnicas de fertilização in vitro e transferência de embriões só poderão implantar em receptoras registradas.
Criadores de raças zebuínas que usam fertilização in vitro (FIV) e transferência de embriões (TE) como técnicas de reprodução só poderão usar como receptoras vacas zebuínas a partir de 2014. A mudança gera polêmica entre pecuaristas. Alguns alegam que a alteração aumentará o custo, enquanto a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) acredita que valorizará as raças puras.
Alguns pecuaristas já estão se preparando. Aos poucos, no meio das receptoras mestiças, vão surgindo as zebuínas. Na chácara Naviraí, no município de Uberaba, no Triângulo Mineiro, alguns vacas da raça brahmam e guzerá já são usadas como receptoras para bezerros nelore. Ao todo, a fazenda tem cerca de 150 receptoras de raças zebuínas.
A determinação da ABCZ vale para as raças nelore, brahman, cangaian e indubrasil. As associações das outras raças, como gir leiteiro e guzerá, não aceitaram a nova regra.
De acordo com dados da associação, em 2011, somando as técnicas de FIV e TE foram implantados quase 280 mil embriões de raças zebuínas em todo o país. Poderão ser usadas como receptoras zebuínas as fêmeas PO, LA, fruto de cruzamento de zebu com zebu e também aquelas consideradas, pelo fenótipo, como 100% zebuínas, mas estas últimas só durante dois anos.
A mudança trará efeito direto nos bancos de receptoras, que atualmente usam somente animais mestiços de gado europeu. Atualmente, uma fêmea para ser trabalhada como receptora custa cerca de R$ 1,05 mil. A estimativa é que com a medida uma receptora zebuína ultrapasse o valor de R$ 1,5 mil.
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