Aditivo melhorador de desempenho produzido pela MSD chega ao País em julho
Mônica Costa
O Ministério da Agricultura (Mapa) autorizou nesta segunda-feira, 25, a comercialização do aditivo melhorador de desempenho Zilmax® pela MSD Saúde Animal no Brasil. O produto, indicado exclusivamente para bovinos em confinamento, é um estimulante do crescimento para ganho de massa corporal e melhor conversão alimentar.
“O aditivo permite produzir mais carne por animal através do aumento no rendimento da carcaça”, explica Tiago Arantes, gerente de produtos da multinacional. Segundo o executivo, a molécula já é usada há 14 anos no México e na África do Sul e tem sido aplicado no rebanho norte-americano há 6 anos. “O aditivo deve ser usado entre 20 e 40 dias antes do abate do bovino e está comprovado que o ganho de peso neste período é de 1@, em média”, afirma.
Assim que recebeu a aprovação do Mapa, a filial brasileira solicitou a importação do aditivo da unidade francesa onde é produzido. “Pela urgência da demanda, parte do lote virá de avião e o restante chegará de navio”, diz Arantes. A expectativa é que o produto esteja à disposição do pecuarista no mês de julho, em tempo de ser comercializado para a fase final da terminação dos animais confinados na entressafra.
No Brasil, os beta-agonistas são liberados desde 1996 apenas para suinocultura. O uso dos aditivos trouxe resultados considerados positivos pelo setor, como a melhoria no ganho de peso, a conversão alimentar e a deposição de carne magra. Mas confinadores de bovinos não podiam fornecer o produto ao gado por causa da Instrução Normativa nº 10, que proibia o uso de substâncias naturais ou artificiais com atividade anabolizantes no País, incluídas as desprovidas de caráter hormonal.
No ano passado, a Associação Brasileira de Confinadores (Assocon), a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) solicitaram a mudança na legislação para que os beta-agonistas também pudessem ser aplicados na bovinocultura. Para atender a demanda, o Mapa excluiu da IN nº 10 o trecho relativo às substâncias anabolizantes, que representava obstáculo à liberação dos beta-agonistas, e publicadou, em dezembro de 2011, a IN nº 55, que garante o acesso da pecuária bovina ao produto.
Fonte: Portal DBO
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