Conforme Hermes Botelho de Campos, presidente da Associação dos Criadores de Nelore de Mato Grosso (ACNMT), a raça passou por intenso melhoramento genético no Brasil, sendo direcionada quase que exclusivamente à produção de carne, embora na sua origem tenha sido utilizada para a exploração leiteira.
Estima-se que o Brasil possui um rebanho com mais de 165 milhões de bovinos de corte e leite criados a pasto, dos quais 80% do gado de corte é Nelore ou anelorado, o que equivale a mais de 100 milhões de cabeças. Este é o retrato de um trabalho que deu certo, a partir do desenvolvimento de know-how tecnológico próprio e ganhos progressivos de excelência em qualidade, ao natural, em plena harmonia com o meio ambiente.
Em Mato Grosso, do total de cerca de 30 milhões de cabeças de gado que há, mais de 90% são Nelore, o que significa que os criadores de animais dessa raça têm grande parte da responsabilidade pelo saldo positivo como maior rebanho bovino comercial do Brasil. Segundo Hermes Botelho esse é um número expressivo para a avaliação do nível genético do gado produzido pelos pecuaristas do Estado. “O nosso gado é um dos melhores do Brasil e a força do setor pecuário, onde detemos o maior rebanho e o somos o maior produtor de carne, é consequência disso”.
Na 48ª Expoagro de Cuiabá, mais de 200 animais foram escritos no Ranking Estadual da Raça Nelore de Mato Grosso, organizado pela ACN/MT, com apoio da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), do Fundo de Apoio à Bovinocultura de Corte (Fabov) e da Biogénesis-Bagó. Trata-se de uma etapa obrigatória para os criadores e expositores inscritos contarem pontos na classificação geral de seus animais. O Ranking Estadual está sendo realizado em 20 exposições agropecuárias de Mato Grosso e a de Cuiabá é uma etapa obrigatória para os criadores e expositores inscritos contarem pontos na classificação de seus animais. Este ano, cada animal inscrito terá que pontuar obrigatoriamente em 05 feiras ranqueadas e em outras 03 exposições para também receber pontuação. As etapas obrigatórias são a Expoinel (Cuiabá), Expoagro (Cuiabá), Exporriso (Sorriso), Exposul (Rondonópolis) e Exponop (Sinop).
Os títulos de Melhor Criador e Melhor Expositor da 48ª Expoagro ficaram com a fazenda Arrossensal Agropecuária e Ind S/A, do Grupo Camargo. Instalada no município de Nortelândia, a 253 km de Cuiabá, a fazenda se destaca ainda como exemplo de aplicabilidade do bem-estar animal. Há mais de 20 anos não utilizam sequer o laço no manejo dos bovinos. Para se ter uma idéia da preocupação com essa prática positiva, de acordo com diretor de pecuária do Grupo, Luiz Antônio Felipe, não é permitido nem a entrada de cavalos nos currais, os tratadores desenvolvem as atividades a pé mesmo. “Desde o nascimento, desenvolvemos um trabalho com objetivo de permitir que os animais se tornem mais dóceis, assim garantimos bons resultados no futuro”. Segundo Felipe, já fazem mais de 400 dias que não é registrado nem um acidente de trabalho nas propriedades que administra. O que mostra perfeita interação entre homem e animal. A fazenda possui 14 mil cabeças de gado, sendo 1.200 puros de Origem (PO).
Neste início de agosto, entre 2 e 12, a raça Nelore define a programação para GrandExpo Bauru 2012. Este evento deve superar os números da edição anterior. Em 2011 a exposição destacou-se pela receptividade que proporciona aos criadores e tratadores, bem como o conforto que oferece aos animais, recebendo quase 600 exemplares da raça Nelore.
De acordo com Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), o Nelore brasileiro, além de ser um patrimônio legitimamente nacional, como o carnaval, o futebol, a caipirinha e o churrasco, pode ser considerado como a grande vitória da carne brasileira, exportada para mais de 146 países e cada vez mais demandada por consumidores esclarecidos de todo o mundo.
De acordo com Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), o Nelore brasileiro, além de ser um patrimônio legitimamente nacional, como o carnaval, o futebol, a caipirinha e o churrasco, pode ser considerado como a grande vitória da carne brasileira, exportada para mais de 146 países e cada vez mais demandada por consumidores esclarecidos de todo o mundo.
História
Atrajetória que transformou o Ongole indiano no Nelore brasileiro começa na primeira metade do século XIX, data dos primeiros registros de desembarque no país de zebuínos originários da Índia. A história descreve que a primeira aparição do Nelore no país teria ocorrido em 1868 quando um navio, que se destinava à Inglaterra, ancorou em Salvador com um casal de animais da raça a bordo. A raça Nelore foi então se expandindo aos poucos, primeiro no Rio de Janeiro e, em seguida, São Paulo e Minas Gerais. Em 1938, com a criação do Registro Genealógico, começaram a ser definidas as características raciais do Nelore.
As duas últimas e significativas importações de reprodutores Nelore aconteceram entre os anos de 1960 e 1962. Nesse período desembarcaram no país, em Fernando de Noronha, onde foram submetidos a quarentena, grandes genearcas como Kavardi, Golias, Rastã, Checurupadu, Godhavari, Padu e Akasamu que são a base formadora das principais linhagens de Nelore.
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