A proposta de um programa destinado a melhorar a qualidade do leite em Minas Gerais foi apresentada nesta quinta-feira (26), em Belo Horizonte, pela Câmara Técnica Setorial de Bovinocultura de Leite do Conselho Estadual de Política Agrícola (Cepa), criada pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). O secretário Elmiro Nascimento disse, na reunião, que o programa deve trazer grandes benefícios à economia do Estado, primeiro no ranking nacional de leite com uma produção da ordem de 8 bilhões de litros por ano.
“As ações incluídas no Programa Mineiro de Melhoria da Qualidade do Leite atendem à evolução de uma atividade tradicional do Estado, espalhada por praticamente todos os municípios”, acrescentou. “Por sua importância, o segmento e o produto devem ser fortalecidos e preservados, principalmente por meio de parcerias”.
Neste caso, os parceiros são instituições como a Emater-MG e IMA (vinculadas à Seapa), Embrapa Gado de Leite, universidades e outros órgãos dos segmentos público e privado. Após aprovação, o programa será desenvolvido com a coordenação do governo de Minas por meio de ações básicas para a melhoria de infraestrutura, educação e outras.
Agregação de valor
Agregação de valor
De acordo com o coordenador da Câmara Técnica de Leite, Carlos Eduardo Ferreira, os primeiros efeitos do programa devem ser a agregação de valor ao produto e o aumento de renda para o produtor. “Como o objetivo é dar condições para o processamento de produtos lácteos de excelência, as indústrias deverão gerar informações que facilitem a produção de leite de qualidade superior”, explica.
Ferreira ressalta que a proposta é começar com a adoção, nas fazendas, de medidas simples, como a limpeza dos equipamentos e instalações, higiene dos trabalhadores e um melhor tratamento aos animais. Esses cuidados, segundo o coordenador, deverão ser adotados sempre com a orientação dos técnicos. “São ações fundamentais para a obtenção de um produto que possa ter melhor aproveitamento na indústria.”
O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios de Minas Gerais (Silemg), Celso Cota Moreira, também destaca o papel das processadoras como difusoras das boas práticas de produção nas propriedades, tarefa que deve ser compartilhada pelas demais instituições que integram a câmara técnica e participaram da elaboração do programa.
Ele acrescenta que o Programa Mineiro de Melhoria da Qualidade do Leite foi inspirado principalmente nas fazendas da Nova Zelândia, onde as mudanças começaram com a higienização pessoal, dos equipamentos e dos animais. Depois foram agregados outros fatores de qualidade à produção do leite até o produto apresentar condições para melhor aproveitamento nas processadoras.
O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios de Minas Gerais (Silemg), Celso Cota Moreira, também destaca o papel das processadoras como difusoras das boas práticas de produção nas propriedades, tarefa que deve ser compartilhada pelas demais instituições que integram a câmara técnica e participaram da elaboração do programa.
Ele acrescenta que o Programa Mineiro de Melhoria da Qualidade do Leite foi inspirado principalmente nas fazendas da Nova Zelândia, onde as mudanças começaram com a higienização pessoal, dos equipamentos e dos animais. Depois foram agregados outros fatores de qualidade à produção do leite até o produto apresentar condições para melhor aproveitamento nas processadoras.
Importância da água
Para o coordenador do grupo que elaborou o Programa Mineiro de Melhoria da Qualidade do Leite, José Rinaldi Brito, “a utilização sustentável da água nas propriedades é providência básica e indispensável”. Está prevista inclusive a definição do volume necessário, em cada propriedade, para o consumo por vaca, limpeza de equipamentos, instalações e animais, além da geração, pelo programa, de outras informações referentes ao uso sustentável da água.”
De acordo com Brito, por meio do programa serão criados plantões técnicos, possivelmente na Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora, para atendimento aos produtores, industriais, técnicos e extensionistas. As questões serão encaminhadas por intermédio de um site.
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