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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Aumento de preço dos insumos da pecuária leiteira pode elevar em 6% valor do leite

A recente alta de 25% no preço dos insumos utilizados pela pecuária leiteira, em especial na ração animal, devido ao aumento das cotações das commodities no mercado exterior, deve elevar o preço do leite para o consumidor final brasileiro em cerca de 6%, nos próximos 30 ou 60 dias. É o que prevê o presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Faerj), Ricardo Bastos.

Segundo Bastos, o custo de produção está defasado entre 5% e 6% em relação ao recebimento do leite.

— Como a cadeia vai passo a passo, o produtor hoje está com 6% de prejuízo — indicou.

Ele prevê que, agora, para buscar o equilíbrio, os produtores vão reduzir a quantidade de insumos usados na atividade e também a produção até encontrar uma estabilidade.

— Com essa queda de produção, o laticínio, como precisa de leite, tem que ter um adicional para conseguir mais leite. Isso é um [efeito] dominó. Por isso, é que leva entre 30 e 60 dias para chegar ao consumidor final — explicou.

Bastos acredita que o impacto dos insumos no preço do leite pode ser atenuado por meio da liberação, pelo governo, dos estoques de milho, de soja e de farelo de soja, que são os principais insumos da produção. Ele lembrou que o setor produtor leiteiro já sofreu um aumento de mão de obra, que incide sobre o custo de produção em até 15%, enquanto o peso dos insumos é bem maior, da ordem de 40%.

— Então, quando aumenta o insumo, isso reflete diretamente no custo de produção.

Historicamente, quando o preço da soja e do milho estão bem, a tendência é aumentar a área de plantio, conforme Bastos.

— Aumentando a área de plantio, aumenta a oferta e, consequentemente, cai o preço lá na frente.

Ele espera que esse movimento se repita no Brasil para que o preço ao consumidor possa diminuir.

O diretor da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Francisco Vilela, também acredita que a situação da pecuária leiteira no Brasil pode ter algum efeito para o consumidor final. Ele acredita, porém, que o cenário de alta do preço para o consumidor pode ser revertido, “mas só no ano que vem”. Vilela lembrou que a safra brasileira já está colhida e a safra norte-americana, que seria colhida em setembro/outubro, “está frustrada” devido à seca nos Estados Unidos.

— Então, este ano, não tem mais produto, não tem mais safra. Só no ano que vem.

Com isso, tal cenário pode gerar aumento de custo para o produtor, com reflexo no consumidor final. Segundo Vilela, além de financiar a retenção de matrizes para evitar que os produtores as vendam e tornem, assim, esse efeito de alta permanente, o governo poderia ainda suspender a importação de produtos lácteos.


 Autor: Agência Brasil
Fonte: http://www.sonoticias.com.br/agronoticias/mostra.php?id=54899

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Exportações de carne suína para o Japão devem iniciar em 60 dias, diz Ministério


Dois dias depois de o Japão ter reconhecido oficialmente a carne suína produzida em Santa Catarina como livre de febre aftosa, representantes do Ministério da Agricultura visitaram o país asiático para negociar os requisitos e o Certificado Sanitário Internacional (CSI) que irá amparar a exportação de carne suína de Santa Catarina para o mercado japonês.

A delegação brasileira participou de uma reunião com a vice-ministra do Ministério da Agricultura, Pesca e Florestas (MAFF, em inglês) do Japão, Hiroko Nakano, nesta quarta, dia 29, em Tóquio. Segundo o Ministério da Agricultura, a representante do MAFF prometeu que será feito um esforço para concluir o processo dentro de 60 dias. Segundo ela, uma missão de nível ministerial, incluindo empresas exportadoras, deverá visitar o Brasil em novembro ou início de dezembro para formalizar os primeiros embarques.

— O início das exportações de carne suína
para o Japão significará a abertura do maior mercado importador do planeta para um determinado tipo de carne (suína, no caso). Será um passo crucial para consolidar as relações comerciais entre o terceiro maior exportador de produtos agrícolas e o quarto importador — declara Porto.

Os secretários também conversaram sobre a criação do Comitê Consultivo Agrícola (CCA) Brasil-Japão que se reunirá periodicamente para discutir as pendências de interesse bilateral. Além de o Japão ser o principal importador de carne de frango do Brasil, o país é um importante comprador de café brasileiro. Em relação ao grão, os dois governos negociam a fixação de novos limites de resíduos de Flutriafol, um defensivo aplicado para controle de ferrugem.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Etapa de novembro da vacinação contra a aftosa será diferente dos outros anos

A nova medida, apenas para a região sanitária 1 – Planalto - modifica a vacinação, e passa a ser de todos os bovinos e bubalinos com até 24 meses.


Estabelecida pela portaria nº 2.550, de 30 de maio de 2012, o calendário de vacinação contra febre aftosa em Mato Grosso do Sul aponta uma mudança para o mês de novembro.
A nova medida, apenas para a região sanitária 1 – Planalto - modifica a vacinação, que antes era de 100% do rebanho, e passa a ser de todos os bovinos e bubalinos com até 24 meses de idade.
Segundo a diretora-presidenta da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Cristina Carrijo, esta mudança decorre de uma manifestação dos produtores. “Solicitamos um estudo ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e à Embrapa Gado de Corte (CNPGC) e através de laudos emitidos pelas duas entidades foi comprovado que não há nenhum comprometimento para os animais e para a defesa” explicou Cristina. A região do Pantanal e da Fronteira permanece com a vacinação de 100% do rebanho.
Confira o calendário contra febre aftosa de MS 2012:
Etapa Maio
Região Sanitária 1 (Planalto): de 1º a 31 de maio, vacinação de todo o rebanho bovino e bubalino (mamando a caducando), independente da idade; De 1º de maio a 15 de junho: registro da vacinação na IAGRO;
Região Sanitária 2 (Pantanal): de 1º de maio a 15 de junho, vacinação de todo o rebanho bovino e bubalino (de mamando a caducando), independente da idade, nas propriedades optantes pela vacinação na etapa de maio; No período de 1º de maio a 30 de junho: realização do registro da vacinação na IAGRO;
Região Sanitária 3 (Fronteira): de 1º de abril a 15 de maio, vacinação de todo o rebanho bovino e bubalino (de mamando a caducando), independente da idade;De 1º de abril a 30 de maio deverá ser realizado o registro da vacinação na IAGRO;
Etapa Novembro
Região Sanitária 1 (Planalto): de 1º a 30 de novembro, vacinação de todos os bovinos e bubalinos com até 24 meses de idade; de 1º novembro a 15 de dezembro, período de registro da vacinação na Iagro;
Região Sanitária 2 (Pantanal): de 1º de novembro a 15 de dezembro, vacinação de todo o rebanhobovino e bubalino (de mamando a caducando), independente da idade, nas propriedades optantes pela vacinação na etapa de novembro; no período de 1º de novembro a 30 de dezembro, realização do registro da vacinação na Iagro;
Região Sanitária 3 (Fronteira): de 1º de outubro a 15 de novembro, vacinação de todo o rebanho bovino e bubalino (de mamando a caducando), independente da idade; de 1º de outubro a 30 de novembro deverá ser realizado o registro da vacinação na Iagro;

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Uso de ractopamina em ração suína dificulta exportação


O uso de um aditivo na ração oferecida a suínos que estimula o ganho de peso, está sendo alvo de polêmica devido a restrições observadas por alguns países, como a Rússia, sobre esta prática.
Ractopamina é um pó amarelo promotor de crescimento animal, não aceito por compradores russos que não querem carne de animais alimentados o aditivo.
Rubens Valentim, proprietário de uma granja de suínos em Planaltina (Distrito Federal) ressalta que o ingrediente é fornecido nos últimos vinte e oito dias de vida dos suínos, estimulando a produção de carne magra, produzindo mais carne com menos ração.
Em países da União Europeia e também China e Rússia, o uso da substância é proibido, sendo que no Brasil, o uso na criação de suínos é permitido há uma década.
Em visita ao nosso país, compradores russos pediram garantia ao governo brasileiro que a ractopamina não será mais utilizada na alimentação de suínos.
Ênio Marques, secretário de defesa agropecuária do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), disse que “pretende receber de quem esteja interessado em exportar carne para a Rússia um protocolo de produção que garanta que os animais não usaram a ractopamina”. Sem o uso do aditivo, o tempo médio de engorda dos suínos aumenta em cinco dias, elevando aproximadamente vinte reais por cabeça produzida.
Fonte: Pecuária
Adaptação: Portal Suínos e Aves

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Intensificação da Pastagem pode melhorar em 62% Receita Bruta


Os impactos das regras do novo Código Florestal em vigor para a pecuária de corte foram analisados pelos pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). Eles avaliam que, devido à obrigatoriedade de retirar parcela de terra e recompor a área com espécies nativas, o produtor deve manter seus rebanhos numa área menor. Neste caso, eles precisam intensificar o uso das pastagens com o objetivo de, num primeiro momento, evitar a diminuição do rebanho. O levantamento mostra que a intensificação de pastagem, além de gerar um melhor aproveitamento da área da propriedade, pode elevar em 42% a taxa de lotação e em 62% a receita bruta do pecuarista.

O boletim Ativos da Pecuária de Corte, elaborado pelo Cepea em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) analisa, ainda, o custo para recuperação de florestas nativas e os custos de produção da atividade. Entre os insumos usados na pecuária de corte, os preços dos adubos e dos corretivos foram os que mais subiram nos últimos meses. No acumulado até junho, a alta do grupo adubos e corretivos para pastagens foi de 5,13%, resultado influenciado pela demanda aquecida para a cultura da soja, a valorização do dólar e a recente compra de grandes quantidades de uréia pelos norte-americanos. O estímulo para se ampliar a produção de soja decorre das quebras de safra na América do Sul e nos Estados Unidos, situação que impulsionou os preços para níveis recordes. 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Impactos da quebra da safra americana chegam ao segmento leiteiro goiano

Os reflexos da frustração da safra de grãos americana já chegaram ao segmento de pecuária leiteira. Com os Estados Unidos - maiores produtores mundiais de soja e milho - registrando quedas de produção de 27% (101 milhões de toneladas) no milho e 16% (14 milhões de toneladas) na soja, a pressão do mercado internacional sobre os grãos brasileiros elevou, por exemplo, em cerca de 30% o valor do milho em algumas regiões de Goiás.
O acréscimo nos preços tem beneficiado o setor de grãos, mas impactado substancialmente no custo de produção da pecuária leiteira. Soja e milho são as matérias-primas básicas das rações ministradas aos rebanhos. Em Goiás, a ração do gado leiteiro representa de 30% a 40% do custo operacional da atividade.

Para se ter uma ideia do impacto deste custo, a cotação do farelo de soja no município de Rio Verde, no período de junho a agosto deste ano, teve um acréscimo de 41,93%; a tonelada do produto passou de R$ 910 para quase R$ 1,3 mil. Em agosto do ano passado, a tonelada do farelo de soja valia pouco mais de R$ 550.

Com o milho ocorreu o mesmo. No período de junho a agosto deste ano o valor da saca do cereal aumentou 30%, saiu de R$ 19 para R$ 25, na região de Rio Verde. A elevação dos preços desses cereais fez com que o custo de produção do litro de leite, no estado, tivesse aumento substancial.

Hoje, os R$ 0,85 pagos, na média, segundo dados do Cepea, pelo litro do produto em Goiás e o aumento na ração fazem com que a margem de rentabilidade do pecuarista de leite fique cada vez menor.

De acordo com o vice-presidente administrativo da FAEG e membro da Comissão de Pecuária de Leite da entidade, Eurípedes Bassamurfo, outro fator agravante é que as oscilações no mercado internacional de grãos chegam durante a entressafra do leite em Goiás, período do ano em que já há uma natural dificuldade com os custos de produção, devido à redução da pastagem - provocada pela falta de chuvas - e necessidade de suplementação do rebanho. 

Para o representante dos produtores – que esteve na manhã desta quarta-feira (22/08) na abertura da 2ª TecnoLeite, em Morrinhos, feira promovida pela cooperativa Complem - o setor está sendo impactado por um fator que o pecuarista de leite não pode controlar que é o mercado internacional e, por isso, o desafio do produtor em manter a rentabilidade do negócio se torna mais complexo.

"Para reduzir custos, os produtores estão substituindo farelo de soja por caroço de algodão, milho por sorgo”, conta. Mas é preciso mais, defende Eurípedes, ele recomenda que mais do que nunca o produtor deve fazer as contas e usar todas as técnicas de gerenciamento disponíveis. Integrar-se em grupos para comprar os insumos em volume e em menor preço é uma das alternativas recomendadas.

Orientação técnica e gerencial


Para o superintendente do SENAR Goiás, Marcelo Martins, é essencial que o produtor mantenha-se atualizado quanto às capacitações técnicas e gerenciais da atividade. Ele ressalta que uma das principais ferramentas que tem auxiliado o produtor nesta empreitada é o programa Balde Cheio.
 
No Estado, o SENAR já possui 22 unidades demonstrativas e nos próximos seis meses serão mais 39 unidades. O representante do Senar defende ainda que a qualificação da mão de obra que trabalha nessas propriedades leiteiras também é essencial quando se trata de redução de custos e aumento na eficiência produtiva. 
 
A mesma importância também deve ser dada à atualização dos técnicos que atuam no segmento leiteiro e aos programas e ações que incentivam a sucessão familiar no campo.
 
Nessa linha de atuação, Marcelo Martins explica que o Senar possui uma gama de treinamentos de capacitação de produtores e trabalhadores que vão desde instruções sobre manejo, até empreendedorismo na atividade leiteira.  
 
E para conter o êxodo rural, a entidade está investindo em um extenso programa de capacitação de jovens para o Campo.
 
Em parceira com o Governo Federal, o SENAR finalizará 2012 com mais de 340 turmas do programa Pronatec e cerca de cinco mil alunos goianos do ensino médio envolvidos. (Texto: Francila Calica – Gerência de Comunicação do Sistema Faeg/Senar e Foto: Jana Tomazelli)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

MASTITE BOVINA: Prevenir é o melhor caminho


Os agentes causadores da mastite na sua maioria são as bactérias, podendo existir ainda fungos, leveduras, vírus e algas 
EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS

A mastite bovina é a inflamação da glândula mamária e sua intensidade depende da interação com fatores relacionados ao animal e à presença de agentes patogênicos que desencadeia processo inflamatório. Os agentes causadores da mastite na sua maioria são as bactérias, podendo existir ainda fungos, leveduras, vírus e algas.

A mastite é o fator que mais provoca perdas econômicas na cadeia produtiva do leite e para tentar minimizar estas perdas é necessário um controle rigoroso da higiene da mama, boas práticas na ordenha e um eficiente programa de sanidade animal. A prevalência da mastite está relacionada, principalmente, ao manejo antes, durante e após a ordenha. Isso explica a importância da conscientização do ordenhador e dos produtores de leite, quanto aos procedimentos adequados de ordenha, incluindo as formas corretas de higienização e desinfecção do ambiente, do animal, do profissional e de todos os utensílios utilizados na ordenha.

Para tentar manter o rebanho longe da mastite o melhor caminho é a prevenção. Já que a ordenha é o momento mais importante da atividade leiteira, deve ser o primeiro lugar para se instituir um controle da mastite e assim possibilitar a melhoria da qualidade do leite.

Para isto devemos basear o controle da mastite em cuidados básicos de sanidade. Primeiramente a atenção deve estar voltada para o correto manejo de ordenha, que deve ser realizada por ordenhadores treinados em boas praticas de ordenha e com conhecimento mínimo em lactação e funcionamento e manutenção do equipamento bem como no procedimento de ordenha manual e mecânica.

Em seguida, instituir o teste da caneca de fundo escuro diariamente, pois este permite o diagnóstico da mastite clínica e diminui o índice de contaminação do leite.

Após a retirada dos primeiros jatos, efetua-se a lavagem dos tetos com água limpa e secagem em seguida realiza a imersão completa dos tetos numa solução desinfetante com uma concentração menor que na solução utilizada no pós-ordenha (pós-dipping), para redução da contaminação bacteriana (hipoclorito de sódio a 2% ou iodo a 0,3% ou, ainda, clorexidine a 0,3%). Estabelecer uma linha de ordenha, deixando as vacas que apresentaram mastite nos últimos meses por último e iniciando sempre com as vacas sadias e que não apresentaram mastite. E separar do rebanho vacas com mastite clínica.

Com estes cuidados básicos é possível controlar a mastite no rebanho ou pelo menos diminuir a incidência da doença.

Tânia Valeska Medeiros Dantas Simões é pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros especialista em Sanidade Animal.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Rally da Pecuária avalia impacto da alta dos grãos no confinamento.


Projeto percorrerá cerca de 40 mil quilômetros em nove Estados


A edição 2012 do Rally da Pecuária, lançada nesta segunda, dia 20, pretende avaliar o impacto dos preços dos grãos - milho soja - no segundo turno do confinamento. No ano passado, os pecuaristas consultados diziam esperar confinar 18,5% mais em 2012, para chegar a quatro milhões de cabeças. O Rally da Pecuária, organizado pelas consultorias Bigma e Agroconsult, sairá de Goiânia na quarta, dia 22. As equipes percorrerão cerca de 40 mil quilômetros em nove Estados - onde estão 75% do rebanho e 85% da produção de carne bovina no país. Nessa edição, ocorrerão também encontros técnicos com produtores, além dos eventos já programados.

De acordo com o diretor da Bigma Consultoria, Maurício Palma Nogueira, o aumento dos insumos na decisão do confinador será sentido em apenas 45% das intenções, já que se estima que 55% dos animais já foram ofertados no primeiro turno.

— É evidente que você terá redução na intenção de confinamento. Além da alta dos insumos utilizados na dieta, os preços (da carne) projetados no mercado futuro estão baixos, o que prejudica a rentabilidade dos confinadores. Já soube de casos de produtor que vendeu os bois e os insumos, porque iria ter prejuízos — declarou.

De acordo com o diretor da Agroconsult, André Pessoa, o aumento das commodities registrado nos últimos meses pode acelerar o avanço da soja e do milho sobre as áreas de pastagem. De acordo com uma projeção das duas consultorias, a agricultura deve demandar cerca de 12 milhões de hectares nos próximos 10 anos. Hoje, a pecuária conseguiria ceder apenas nove milhões de hectares.

SOJA

A Agroconsult reafirmou nesta segunda sua projeção de área recorde para a soja em 2012/2013, que deve somar 27,4 milhões de hectares, três milhões de hectares acima do ciclo passado. Com isso, a produção deve chegar a 83,7 milhões de toneladas.

Fonte: AGÊNCIA ESTADO E CANAL RURAL

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Carne suína e de frango devem subir até 10%


Os efeitos de uma das maiores secas da história dos EUA, que provocou quebra na safra de grãos daquele país, vão chegar logo ao bolso do consumidor brasileiro.
Duas das maiores produtoras de carnes de frango e suína do País disseram ontem que vão reajustar os preços em breve. O objetivo é compensar o aumento de custos provocado pela alta das cotações do milho e da soja.
"Vamos reajustar os preços entre 5% e 10% de imediato", afirmou José Antonio do Prado Fay, presidente da BRF-Brasil Foods, dona das marcas Sadia e Perdigão.
No segundo trimestre deste ano, quando o milho subiu 16% em relação ao mesmo período de 2011, a companhia conseguiu aumentar os seus preços marginalmente, entre 1% e 2% --o insuficiente para cobrir os maiores gastos.
"Respeitamos o nosso consumidor, mas é necessária uma implementação muito mais rápida do aumento de preços", disse Fay.
Principal concorrente da BRF no mercado interno, a Seara Brasil (divisão de aves, suínos e processados da Marfrig) conseguiu preços 6,1% maiores no mercado doméstico no segundo trimestre, em relação ao primeiro.
Além dos reajustes, o percentual reflete a maior participação de produtos industrializados na receita --59%, ante 50% há um ano.
A empresa avisa, no entanto, que promoverá novos aumentos. "Eles não foram suficientes (para compensar os custos)", disse David Palfenier, presidente da Seara. "Continuamos buscando maiores preços", acrescentou.
O frango e o suíno vendidos por produtores independentes, que fornecem a essas indústrias, indicam que há espaço para a alta.
Segundo pesquisa da Folha, a arroba do suíno sobe 70% nos frigoríficos paulistas em 30 dias. O frango vivo avança 30% nas granjas.
QUEDA NO LUCRO
A alta nos custos teve impacto no resultado das empresas no segundo trimestre.
O lucro da BRF caiu 99%, para R$ 6 milhões, também bastante influenciado pelo aumento de despesas provocado pela transferência de ativos para a Marfrig --operação determinada pelo Cade.
A rival teve lucro de R$ 15,5 milhões e reverteu prejuízo de R$ 91 milhões no mesmo período do ano passado. Mas previu que o maior impacto ainda está por vir, pois a explosão do preço do milho ocorreu no terceiro trimestre.
Além de preço maior, as empresas informaram que buscam reduzir despesas para melhorar a rentabilidade.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Laboratório confirma morte de bovino por raiva herbívora


O município de Ijuí acendeu o sinal de alerta ontem após a morte de um bovino por raiva herbívora em Colônia Santo Antônio, interior de Ijuí. A confirmação do óbito pela doença partiu do laboratório da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) na quinta-feira. Segundo a coordenadoria municipal de Saúde, o animal morreu no dia 9 de agosto e apresentava sintomas da doença desde o dia 2.
As ações para analisar o caso e definir métodos para conter um possível avanço da doença começaram na manhã de ontem, com uma reunião entre o Executivo e órgãos ligados à saúde. A partir da próxima semana, deve ter início o processo de vacinação de bovinos e equinos localizados em um raio de até 12 quilômetros a partir do ponto da primeira morte.
“Não trabalhávamos na área de Ijuí no combate ao morcego porque não havia notícia da proliferação. Fomos até deixados fora desse programa do governo do Estado”, explica o inspetor regional de agricultura, Emilio Stumm, se referindo a ações do governo para estruturar as equipes que combatem a raiva bovina no Rio Grande do Sul. Na próxima semana, equipes de Secretaria Estadual de Agricultura estarão na região para iniciar um trabalho de controle da população de morcegos.
Entre os sintomas da doença, a principal e mais perigosa é a salivação. Além disso, o animal infectado procura isolamento, perde apetite, permanece de cabeça baixa, indiferente ao que ocorre no ambiente, pode ser acometido de ataques de fúria e passar a mugir constantemente, assim como ranger os dentes. Após esta fase, surgem os sintomas do sistema nervoso, que provocam a perda de coordenação e a queda do animal ao solo. A morte se dá até 12 dias após o início dos sintomas. “A raiva ocorre quando o morcego tem fatores como a seca e sai do seu esconderijo a procura de alimento devido à mudança climática e ao ar seco. O morcego encontra os bovinos e desencadeia a situação”, explica Stumm. A recomendação do inspetor é que os animais não sejam abatidos.
A preocupação das equipes de saúde aumenta em virtude do fato de que a doença é letal também para humanos. Por isso, ainda não está descartada a imunização de seres humanos e de animais domésticos. Porém, a contaminação só ocorre em caso de contato da pessoa com a saliva ou lesões na pele do animal. Alimentos produzidos a partir do leite ou da carne bovina não transmitem a doença. A infecção não ocorre entre os animais, apenas pelo ataque dos morcegos aos rebanhos.
Em todo o Estado, o número de animais mortos recentemente pela raiva herbívora chega a 3,5 mil. “Era uma coisa que não tínhamos como evitar. Era previsível porque está aumentando em todo o Estado”, diz Stumm.
Ainda ontem, equipes de saúde do município se reuniram com a comunidade da Colônia Santo Antônio para esclarecer o que ocorreu na região e explicar os procedimentos a serem tomados a partir de agora. Stumm confirmou que palestras sobre educação sanitária devem ter início em Ijuí.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

SC: Governo concede isenção de ICMS para bovinos com mais de 24 meses


A Secretaria da Fazenda do Estado atendeu pedido da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc). Nesta semana será publicado decreto que elimina a incidência de imposto estadual (ICMS 12%) sobre a comercialização de bovinos e bubalinos com mais de 24 meses entre os próprios pecuaristas. O governo concederá o regime de diferimento (adiamento) do ICMS incidente na operação produtor-produtor. A informação foi transmitida pelo secretário Nelson Serpa, da Fazenda, ao presidente da Faesc José Zeferino Pedrozo e seu vice Enori Barbieri.
Esta medida é necessária, explicam os dirigentes, pois evitará transtornos na fiscalização, como vem ocorrendo, controle da idade dos animais em cada nota do produtor rural e, principalmente, porque impedirá a bitributação, pois esses mesmos animais serão tributados quando destinados ao abate. A fiscalização e a tributação indevida estavam ocorrendo nas principais regiões produtoras de bois e búfalos, como São Joaquim, Lages e Santa Cecília.
A legislação catarinense já tratava de situações semelhantes. A norma fiscal em vigor já estabelece que nas operações abrangidas por diferimento fica atribuído ao destinatário da mercadoria a responsabilidade pelo recolhimento do imposto na condição de substituto tributário. Assim, o imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de estabelecimento agropecuário, quando destinadas à comercialização, industrialização ou atividade agropecuária.
Estão inclusas nessa situação os produtos agropecuários em estado natural e o gado bovino ou bubalino com destino a estabelecimento abatedor com idade igual ou inferior a 24 meses, vacas de leite, vacas magras e vacas com cria ao pé, com destino a outro estabelecimento pecuarista ou a outro estabelecimento do mesmo titular. Também encontram-se nesse enquadramento o gado ovino com destino a estabelecimento abatedor ou em operação entre produtores ou, ainda, gado equino em operações entre produtores. Grande produtor mundial de aves e suínos, Santa Catarina apresenta déficit no segmento de carne bovina: produz 109 mil toneladas por ano e importa 73 mil toneladas para um consumo anual total de 181 mil toneladas. O consumo per capita é de 30,3 kg/habitante/ano.
Fonte: Secretaria da Fazenda de Santa Catarina

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Exportações de carne suína aumentaram em julho e Argentina retoma as compras do Brasil


O acordo entre o Brasil e a Argentina, realizado no final de julho, permitiu a retomada das vendas de carne suína brasileira ao mercado vizinho. Em julho, o País embarcou 2.662 toneladas para a Argentina, uma queda de 5% na comparação com julho de 2011. “O volume vendido representa um bom começo”, avalia Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).

“O acordo bilateral prevê a manutenção dos volumes de 2011. Seria, portanto, necessário exportar mais do que o volume de julho. Porém, é preciso lembrar que qualquer retomada exige algum tempo para atingir um nível de estabilidade. Sempre se perde um tempo entre a emissão da documentação necessária e a efetiva exportação”, diz Camargo Neto.
A retomada dos embarques para a Argentina contribuiu para que as exportações brasileiras de carne suína aumentassem 22,54% em julho, ante igual período de 2011, totalizando 44.242 toneladas. 

No acumulado do ano, as vendas brasileiras somaram 313.025 t, um crescimento de 3,32%, ante os sete primeiros meses de 2011. Em receita, o Brasil também saiu-se melhor em julho deste ano em relação a julho do ano passado. Faturou US$ 108,27 milhões, um aumento de 15,36%. Já nos sete primeiros meses de 2012, o valor das vendas externas de carne suína foi de US$ 795,62 milhões, uma queda de 4,04% na comparação com o mesmo período de 2011.
Rússia voltou a liderar o ranking - Outro fato positivo de julho é que a Rússia manteve a sua participação tradicional, tendo liderado o ranking dos compradores da carne suína brasileira. O Brasil vendeu para o mercado russo 11.854 t ante 3.983 t em julho de 2011. O aumento foi de 198%. Recorde-se que a Rússia, há pouco mais de um ano, decretou embargo à entrada do produto brasileiro em seu mercado.

“O embargo aos três estados – Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso – permanece. Continuamos aguardando o resultado da recente missão veterinária russa que visitou seis estabelecimentos de suínos no RS, SC e PR. A recente polêmica veiculada pela imprensa, sobre eventual exigência referente à utilização ou não do fármaco ractopamina, não preocupa, pois o Brasil já tem protocolo de produção segregada, podendo atender a este tipo de exigência com facilidade. Continuamos com expectativa positiva”, afirma o presidente da ABIPECS.

Principais mercados - Os principais mercados para a carne suína brasileira, em julho, foram: Rússia, Hong Kong, Ucrânia, Angola, Argentina e Singapura. No acumulado do ano, em primeiro lugar no ranking encontra-se Hong Kong, seguido de Ucrânia, Rússia, Angola, Singapura e Uruguai.

Preço médio caiu em julho – O preço médio da carne suína caiu 5,86% em julho, em relação a julho de 2011, passando a US$ 2.447 a tonelada. No acumulado do ano, o preço médio caiu 7,13%, passando de US$ 2.737 a t para US$ 2.542.

Fonte: Suinos.com (Apud Abipecs)

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Preço da arroba cai e varejo continua em alta, analisa Acrimat


Levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) realizado entre junho de 2011 e o mesmo mês deste ano aponta que pecuarista e consumidor são quem mais sente o impacto do desequilíbrio de margens de lucro entre a produção da arroba do boi e a venda da carne nas gôndolas do varejo. O estudo mostra que a média do Custo Operacional Total para produzir uma arroba custou R$ 78,17 no período. Fazendo um comparativo dos meses de junho de ano passado e deste ano, houve uma queda de 0,2%. A explicação, segundo o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, vem da queda de alguns itens que compões os custos, como a aquisição de animais, principalmente preço baixo pago ao bezerro de reposição.
– O varejo continua acumulando uma margem de ganho bem superior aos demais elos da cadeia da carne, apesar de o preço da arroba e do custo operacional terem caído. E o consumidor não se beneficia dessa queda – diz.
O preço da arroba do boi gordo registrou queda acentuada. Em junho de 2011, a arroba custava R$ 85, 22 e no mesmo mês deste ano baixou para R$ 83,28. A explicação para a diminuição, conforme a Acrimat, é a grande oferta de animais para o abate, principalmente das fêmeas, que representam 50% do volume total, e a diminuição da demanda, com ênfase do mercado externo.
– O embargo da Rússia à carne bovina brasileira continua provocando uma grande perda nas exportações e isso afeta diretamente o preço da arroba do boi gordo – afirma Vaccari.
O Imea acompanha essa movimentação do mercado da carne bovina desde 2009. O Gestor do órgão, Daniel Latorraca, avalia o preço da arroba e o custo de produção.
– Quando o preço da arroba sobe, os produtos que compõem o custo de produção se valorizam no mesmo ritmo. Porém, quando a arroba está em queda, os custos não acompanham na mesma intensidade – pontua.
Os números indicam que o consumidor está pagando 10,6% a mais pelo quilo da carne, cuja média do preço de junho de 2011 a junho de 2012 foi de R$ 13,75 contra R$ 12,43 no mesmo período anterior.
– O consumidor poderia estar pagando bem menos pela carne e as explicações técnicas para essa margem tão alta continuam não existindo. Por isso, o consumidor é o único que pode deter os aumentos, pesquisando muito antes de comprar – alerta o representante da Acrimat.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Pecuária em crescimento é mercado potencial para os distribuidores de insumos.


O PIB pecuário cresceu 26% na última década, a produção de carne chegará a 9,5 milhões de toneladas este ano e as exportações gerarão US$ 6 bilhões em receita. A tecnificação avança: a comercialização de sêmen saltou de 6,7 milhões/doses para 11,6 milhões/doses em cinco anos. Além disso, em 2012 o confinamento deverá atingir 4 milhões de cabeças.
“Estes indicadores mostram um intenso processo de profissionalização da pecuária brasileira. E isso é uma excelente oportunidade para o segmento de distribuição de insumos. Afinal, os criadores estão sedentos por novas tecnologias e focados na busca da eficiência”, disse Nádia Alcântara, gerente da Informa Economics FNP, em palestra no II Congresso Andav, em São Paulo.
“Paralelamente, a pressão ambiental é uma realidade e o pecuarista já aprendeu que tem de produzir mais utilizando menos áreas”, acrescentou a especialista para mais de 800 distribuidores de todo o país.
Segundo Nadia, esse cenário é muito atraente para os distribuidores de insumos. “Os produtores buscam parceiros para contribuir com sua evolução. A pecuária de ciclo curto gera mais renda para as fazendas, porém exige melhor manejo e mais cuidados nutricionais e sanitários, além de melhoramento genético. É o cenário ideal para fomentar parcerias e crescer”, ressaltou. 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Cuidados com higiene dos cavalos auxiliam na saúde do animal

Os cavalos necessitam de higienização frequente e adequada, quer estejam no estábulo ou no campo, para que permaneçam sempre saudáveis. E isso implica cuidar da pele, pelos e pés do animal.
Os benefícios de uma boa higiene incluem:
•Eliminação da sujidade;
•Proporciona relaxamento ao animal;
•Ajuda a tonificar os músculos;
•Ativa a circulação;
•Aprofunda a relação de confiança entre o cavaleiro e cavalo.

Na loja virtual da GloboVet você encontra, por exemplo, shampoo repelente natural à base de citronela. Que repele insetos durante o banho, além de promover excelente brilho e maciez à pelagem. Altamente concentrado, que resulta em rica espuma sem ressecar os fios.
Em se tratando de dores musculares e contusões o gel Linimex -Linimento Veterinário, cuja sua principal característica é a rubefaciencia que estimula a circulação do local afetado, acelerando o processo natural de regeneração, além de aliviar rapidamente as dores e atenuar articulações inchadas. Sendo indicado para Equinos, Bovinos, Suínos, Caninos, Caprinos e Felinos.
Já o shampoo Anil é especialmente elaborado para a pelagem clara. O uso constante devolve a brancura original em função da mesma ficar amarelada com tempo. 
•Limpa e Higieniza a pelagem
•pH neutro
•Uso em Eqüinos, Bovinos e Cães

Além desses produtos você encontra o abrilhantador, vita casco, shampoos, bálsamo e muitos outros produtos para deixar seu animal limpo e saudável.
Lembre-se que uma alimentação balanceada combina com a prática de atividades fisícas adequadas ao animal. Além de mante-lo longe de estresse e proporcionar bem estar. Realizar exames periodicos e manter as vacinas em dia.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Capacitação orienta criadores de caprinos

Sebrae disponibiliza cursos durante a Festa do Bode, que começa nesta sexta-feira (10)


Natal - Das 405 mil cabeças do rebanho de caprinos do Rio Grande do Norte, mais da metade está concentrada no Oeste do estado. Pela importância econômica, a região sediará mais uma edição da Festa do Bode, que terá início nesta sexta-feira (10) e seguirá até domingo (12), no Centro de Comercialização Armando Buá, em Mossoró. Parceiro na organização do evento, o Sebrae no Rio Grande do Norte desenvolverá uma programação diferenciada, com foco na capacitação dos criadores, por meio do Projeto Aprisco.

A proposta é elevar o padrão de qualidade dos animais potiguares e estimular o potencial existente na atividade. Serão promovidos minicursos, palestras e seminários, em que serão debatidos e apresentados os mais atuais temas relativos à atividade, como doenças, ordenha, manejo e técnicas de melhoramento genético. Todas as atividades serão realizadas em parceria com a Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa).

“Temos um rebanho muito representativo e precisamos promover algumas melhorias. Esse processo já é feito com as ações do Projeto Aprisco, mas, durante a Festa do Bode, intensificaremos o trabalho junto aos criadores, como forma de melhorar a qualidade dos animais”, informa o gestor do Projeto Aprisco do Sebrae no estado, Vamberto Torres.

Na sexta-feira (10), os criadores poderão participar do Seminário da Cadeia Produtiva da Caprinocultura, que ocorrerá das 8h às 11h30 e discutirá os temas Prejuízos da mastite e importância da ordenha higiênica da caprinocultura leiteira, Boas práticas agropecuárias de ordenha e Alimentação de caprinos e ovinos. Também serão realizados três minicursos sobre manejo sanitário de caprinos leiteiros e inseminação artificial.

Além de todas as atividades de cunho técnico, a Festa do Bode terá leilões e exposição de animais, torneios leiteiros, desfiles de animais e shows. O evento é realizado pela Associação de Criadores de Caprinos e Ovinos de Mossoró, com apoio do governo do estado.

Desde 2005, o Sebrae no Rio Grande do Norte aposta na qualificação dos criadores para expansão da atividade no estado, por meio de projetos de apoio ao produtor rural. O principal deles é o Aprisco, que atende a 800 criadores de cidades situadas nas regiões Oeste, Sertão Cabugi, Seridó e Trairi.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Mosca-de-estábulo ameaça produtividade pecuária

Pecuaristas da região sul do estado ainda continuam preocupados com os ataques da mosca-de-estábulo em suas propriedades e temem a perca da produtividade. No mês passado, foi realizada uma reunião no Sindicato Rural de Nova Alvorada do Sul com representantes da Usina Agro Energia Santa Luzia, que seria o foco do problema por causa dos resíduos vegetais na produção de açúcar e de etanol.
Segundo o produtor rural Milton Barbosa Bueno, a infestação está acabando com a produção leiteira. “Já morreram muitos animais. Antes a produção em minha propriedade era de 600 litros, agora está no patamar de 275”, argumenta. Milton diz ainda que se continuar nesse ritmo, terá que demitir funcionários. “O coeficiente aceitável é de 400 litros, abaixo disso se torna desvantagem para mim”, lamenta.
Apesar da infestação e constantes ataques aos animais, os produtores afirmam que, após a reunião, já houve melhora. “Eles [usina] tamparam algumas lagoas [de resíduos], mas as moscas ainda continuam atacando os animais”, diz Milton.
A explicação para isso, segundo o Gerente de Segurança, Saúde e Meio Ambiente da Usina Santa Luzia, Valmir Viana, é que houve um período de chuvas em junho, somado à temperaturas ideais - entre 15 e 30 graus, propiciando a proliferação do inseto. “Essa mosca que continua atacando os animais está na fase adulta, já que essa espécie tem expectativa de vida de 30 dias”, afirma Valmir.
O gerente argumenta ainda que as equipes da Usina já identificaram os pontos em que a absorção do solo não conteve a vinhaça despejada e garante que as 'lagoas' de resíduos foram eliminadas, mas que este trabalho depende também dos produtores. “É preciso um trabalho de eliminação e organização da matéria orgânica do gado, que também é propícia para a procriação da mosca”, explica.
Com o tempo seco, trabalho em conjunto entre usina e produtores, os ataques da mosca tendem a diminuir, mas de acordo com Valmir, é necessário continuar com as medidas de precaução em todos os períodos do ano, pois a mosca já se adaptou ao clima da região e é preciso manter o controle para evitar prejuízos à produção pecuária

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Evolução das vendas de sêmen bovino nos últimos quatro anos

O Laço - Solução Definitiva Para o Seu Rebanho, possui a ferramenta cadastro de sêmens. Com ela, você poderá fornecer informações sobre o doador do sêmen tais como: código, nome, espécie, raça, etc., bem como o estoque disponível do sêmen e o valor da dose, entre outras vantagens que só o Laço pode oferecer.


Analisamos a evolução da inseminação artificial nos últimos anos, de acordo com os dados do Index da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA).

Considerando a participação de sêmen de bovinos de corte e leite, em 2011, foram vendidas 11,91 milhões de doses.

Desde 2008, quando foram comercializadas 7,46 milhões de doses, o crescimento é de 59,6%.

Para as raças de corte, o incremento nas vendas foi de 88,1%, neste período. Para as raças leiteiras o aumento na comercialização foi menor, 30,7%.

Os negócios com sêmen nacional e importado tiveram comportamento praticamente semelhante.

De 2008 a 2011, as vendas de sêmen nacional cresceram 59,9%, enquanto para o produto importado aumentaram 59,1%.

O bom desempenho da inseminação artificial se justifica pelo investimento na cria. Houve retenção de matrizes de 2007 até 2010, o que proporcionou bom volume de fêmeas em idade reprodutiva nos pastos.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Mercado de suíno tem valorização significativa

Suinocultor viu suas margens se estreitarem este ano, mas o mercado dá sinais de recuperação, com alta de 41% em quinze dias.

O mercado do suíno esta se recuperando.
Depois de atingir um dos menores preços já registrados no final da primeira quinzena de julho, em valores deflacionados, o valor recebido pelo suinocultor vem aumentando e em quinze dias a valorização foi de 41%, alcançando os atuais R$52,00/@.
A suinocultura passa por uma forte crise.
Os custos de produção aumentaram de forma significativa ao mesmo tempo em que os preços caíram, em função da restrição às exportações para alguns países e aumento de rebanho, pressionando as margens.
Recentemente o Governo anunciou medidas de socorro à atividade, como uma linha de crédito especial e prolongamento dos prazos de financiamento.
Apesar da recuperação, o atual valor do animal vivo ainda está 4,0% menor que o de um ano atrás.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Minas avalia programa para melhorar a qualidade do leite

A proposta de um programa destinado a melhorar a qualidade do leite em Minas Gerais foi apresentada nesta quinta-feira (26), em Belo Horizonte, pela Câmara Técnica Setorial de Bovinocultura de Leite do Conselho Estadual de Política Agrícola (Cepa), criada pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). O secretário Elmiro Nascimento disse, na reunião, que o programa deve trazer grandes benefícios à economia do Estado, primeiro no ranking nacional de leite com uma produção da ordem de 8 bilhões de litros por ano.

“As ações incluídas no Programa Mineiro de Melhoria da Qualidade do Leite atendem à evolução de uma atividade tradicional do Estado, espalhada por praticamente todos os municípios”, acrescentou. “Por sua importância, o segmento e o produto devem ser fortalecidos e preservados, principalmente por meio de parcerias”.
Neste caso, os parceiros são instituições como a Emater-MG e IMA (vinculadas à Seapa), Embrapa Gado de Leite, universidades e outros órgãos dos segmentos público e privado. Após aprovação, o programa será desenvolvido com a coordenação do governo de Minas por meio de ações básicas para a melhoria de infraestrutura, educação e outras.        

Agregação de valor

De acordo com o coordenador da Câmara Técnica de Leite, Carlos Eduardo Ferreira, os primeiros efeitos do programa devem ser a agregação de valor ao produto e o aumento de renda para o produtor. “Como o objetivo é dar condições para o processamento de produtos lácteos de excelência, as indústrias deverão gerar informações que facilitem a produção de leite de qualidade superior”, explica.
Ferreira ressalta que a proposta é começar com a adoção, nas fazendas, de medidas simples, como a limpeza dos equipamentos e instalações, higiene dos trabalhadores e um melhor tratamento aos animais. Esses cuidados, segundo o coordenador, deverão ser adotados sempre com a orientação dos técnicos. “São ações fundamentais para a obtenção de um produto que possa ter melhor aproveitamento na indústria.” 

O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios de Minas Gerais (Silemg), Celso Cota Moreira, também destaca o papel das processadoras como difusoras das boas práticas de produção nas propriedades, tarefa que deve ser compartilhada pelas demais instituições que integram a câmara técnica e participaram da elaboração do programa. 

Ele acrescenta que o Programa Mineiro de Melhoria da Qualidade do Leite foi inspirado principalmente nas fazendas da Nova Zelândia, onde as mudanças começaram com a higienização pessoal, dos equipamentos e dos animais. Depois foram agregados outros fatores de qualidade à produção do leite até o produto apresentar condições para melhor aproveitamento nas processadoras.

Importância da água

Para o coordenador do grupo que elaborou o Programa Mineiro de Melhoria da Qualidade do Leite, José Rinaldi Brito, “a utilização sustentável da água nas propriedades é providência básica e indispensável”. Está prevista inclusive a definição do volume necessário, em cada propriedade, para o consumo por vaca, limpeza de equipamentos, instalações e animais, além da geração, pelo programa, de outras informações referentes ao uso sustentável da água.”
De acordo com Brito, por meio do programa serão criados plantões técnicos, possivelmente na Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora, para atendimento aos produtores, industriais, técnicos e extensionistas. As questões serão encaminhadas por intermédio de um site.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Nelore: Orgulho nacional

Conforme Hermes Botelho de Campos, presidente da Associação dos Criadores de Nelore de Mato Grosso (ACNMT), a raça passou por intenso melhoramento genético no Brasil, sendo direcionada quase que exclusivamente à produção de carne, embora na sua origem tenha sido utilizada para a exploração leiteira.
Estima-se que o Brasil possui um rebanho com mais de 165 milhões de bovinos de corte e leite criados a pasto, dos quais 80% do gado de corte é Nelore ou anelorado, o que equivale a mais de 100 milhões de cabeças. Este é o retrato de um trabalho que deu certo, a partir do desenvolvimento de know-how tecnológico próprio e ganhos progressivos de excelência em qualidade, ao natural, em plena harmonia com o meio ambiente.
Em Mato Grosso, do total de cerca de 30 milhões de cabeças de gado que há, mais de 90% são Nelore, o que significa que os criadores de animais dessa raça têm grande parte da responsabilidade pelo saldo positivo como maior rebanho bovino comercial do Brasil. Segundo Hermes Botelho esse é um número expressivo para a avaliação do nível genético do gado produzido pelos pecuaristas do Estado. “O nosso gado é um dos melhores do Brasil e a força do setor pecuário, onde detemos o maior rebanho e o somos o maior produtor de carne, é consequência disso”.
Na 48ª Expoagro de Cuiabá, mais de 200 animais foram escritos no Ranking Estadual da Raça Nelore de Mato Grosso, organizado pela ACN/MT, com apoio da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), do Fundo de Apoio à Bovinocultura de Corte (Fabov) e da Biogénesis-Bagó. Trata-se de uma etapa obrigatória para os criadores e expositores inscritos contarem pontos na classificação geral de seus animais. O Ranking Estadual está sendo realizado em 20 exposições agropecuárias de Mato Grosso e a de Cuiabá é uma etapa obrigatória para os criadores e expositores inscritos contarem pontos na classificação de seus animais. Este ano, cada animal inscrito terá que pontuar obrigatoriamente em 05 feiras ranqueadas e em outras 03 exposições para também receber pontuação. As etapas obrigatórias são a Expoinel (Cuiabá), Expoagro (Cuiabá), Exporriso (Sorriso), Exposul (Rondonópolis) e Exponop (Sinop).
Os títulos de Melhor Criador e Melhor Expositor da 48ª Expoagro ficaram com a fazenda Arrossensal Agropecuária  e Ind  S/A, do Grupo Camargo. Instalada no município de Nortelândia, a 253 km de Cuiabá, a fazenda se destaca ainda como exemplo de aplicabilidade do bem-estar animal. Há mais de 20 anos não utilizam  sequer o laço no manejo dos bovinos. Para se ter uma idéia da preocupação com essa prática positiva, de acordo com diretor de pecuária do Grupo, Luiz Antônio Felipe, não é permitido nem a entrada de cavalos nos currais, os tratadores desenvolvem as atividades a pé mesmo. “Desde o nascimento, desenvolvemos um trabalho com objetivo de permitir que os animais se tornem mais dóceis, assim garantimos bons resultados no futuro”. Segundo  Felipe, já fazem mais de 400 dias que não é registrado nem um acidente de trabalho nas propriedades que  administra. O que mostra perfeita interação entre homem e animal. A fazenda possui 14 mil cabeças de gado,  sendo 1.200 puros de Origem (PO).
Neste início de agosto, entre 2 e 12, a raça Nelore define a programação para GrandExpo Bauru 2012. Este evento deve superar os números da edição anterior. Em 2011 a exposição destacou-se pela receptividade que proporciona aos criadores e tratadores, bem como o conforto que oferece aos animais, recebendo quase 600 exemplares da raça Nelore.

De acordo com Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), o Nelore brasileiro, além de ser um patrimônio legitimamente nacional, como o carnaval, o futebol, a caipirinha e o churrasco, pode ser considerado como a grande vitória da carne brasileira, exportada para mais de 146 países e cada vez mais demandada por consumidores esclarecidos de todo o mundo.

História

Atrajetória que transformou o Ongole indiano no Nelore brasileiro começa na primeira metade do século XIX, data dos primeiros registros de desembarque no país de zebuínos originários da Índia. A história descreve que a primeira aparição do Nelore no país teria ocorrido em 1868 quando um navio, que se destinava à Inglaterra, ancorou em Salvador com um casal de animais da raça a bordo. A raça Nelore foi então se expandindo aos poucos, primeiro no Rio de Janeiro e, em seguida, São Paulo e Minas Gerais. Em 1938, com a criação do Registro Genealógico, começaram a ser definidas as características raciais do Nelore.
As duas últimas e significativas importações de reprodutores Nelore aconteceram entre os anos de 1960 e 1962. Nesse período desembarcaram no país, em Fernando de Noronha, onde foram submetidos a quarentena, grandes genearcas como Kavardi, Golias, Rastã, Checurupadu, Godhavari, Padu e Akasamu que são a base formadora das principais linhagens de Nelore.