Recentemente, com as confirmações de casos de Mormo no estado de Minas Gerais, há a crescente preocupação entre os proprietários em relação à Sanidade Eqüina.
Mormo é uma doença infecto-contagiosa que acomete equinos, asininos e muares, podendo também afetar carnívoros, eventualmente pequenos ruminantes e até mesmo o homem, tornando-se uma zoonose. Conhecida também como muermo, lamparão e vulgarmente como “catarro bravo” ou “catarro de burro”. Manifesta-se por meio de febre, tosse, corrimento nasal viscoso, presença de nódulos subcutâneos nas mucosas nasais, nos pulmões e gânglios linfáticos.
As lesões nodulares evoluem para ulceras que após a cicatrização formam lesões em forma de estrelas. Estas lesões ocorrem com maior freqüência na fase crônica da doença, que é caracterizada por três formas de manifestação clinica: a cutânea, linfática e respiratória, porem estas não são distintas, podendo o mesmo animal apresentar todas simultaneamente.
Causada pela bactéria Burkholderia mallei, está relacionada a introdução de animais doentes, sistema de criação e manejo higiênico-sanitário incorretos. A idade possui fator relevante ao aparecimento da forma crônica da infecção natural, apresentando uma maior prevalência em animais idosos e debilitados pelas más condições de manejo.
A infecção ocorre pela ingestão de água e alimentos contaminados, inalação da bactéria e contato direto. Grandes concentrações de eqüídeos estão associadas à disseminação da bactéria (doença de estábulo)
A sintomatologia pode variar entre os animais de um mesmo rebanho, pois nem todos os acometidos manifestam os sinais clínicos clássicos da doença.
O diagnóstico pode ser realizado por meio de exame Microbiológico, onde há o isolamento e a identificação bacteriana, inoculação em animais de laboratório (Prova de Strauss), Maleinização e sorológico (métodos oficiais), molecular e exame anátomo-histopatológico.
Por não existir vacinas e forma de tratamento eficaz contra o mormo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) realiza como medidas de profilaxia e controle, a atuação no trânsito interestadual e participação de eqüídeos em eventos hípicos, deve ser feito acompanhamento de exame negativo para mormo obedecendo ao prazo de validade e que estes não apresentem sintomas clínicos da doença, sacrifício dos animais doentes ou soropositivos e incineração das carcaças, interdição da propriedade para saneamento, quarentena e sorologia antes de introduzir animais no rebanho, desinfecção das instalações e de todo material que teve contato com animais doentes.
Faz-se importante a realização de diagnóstico diferencial para outras doenças.
Autor(a): Marcelo Rondon - Equipe CPT Cursos Presenciais
0 comentários:
Postar um comentário