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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Megaleite 2012: nutrição como fator decisivo no desempenho de bovinos leiteiros

A cidade de Uberaba, em Minas Gerais, sediará a Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite (Megaleite 2012). O evento acontecerá, entre os dias 01 e 08 de julho, no Parque de Exposições Fernando Costa e reunirá as raças: Holandês, Indubrasil, Girolando, Gir Leiteiro, Guzerá, Pardo - Suíço, Simental, Sindi, além de búfalos.
Conforme dados da Leite Brasil – Associação Brasileira dos Produtores de Leite - o setor leiteiro fechou 2011 com produção de 31 bilhões de litros. Para 2012 a expectativa é um incremento de 4%, alcançando 32,3 bilhões. As exportações de lácteos também são promissoras, com uma perspectiva de crescimento de 15% em relação a 2011, chegando a 888 milhões de litros/ano.
A alimentação é um dos principais fatores para o aumento no desempenho de bovinos leiteiros. O  Grupo Guabi – um dos maiores produtores de rações e suplementos minerais do país – destaca a importância da nutrição correta para que o animal tenha   máxima eficiência produtiva. Uma fêmea bovina só atinge o auge de produção se receber os nutrientes adequados em quantidade e qualidade, do nascimento até a lactação.
A produção de leite de uma vaca é definida pela sua capacidade de ingerir e metabolizar os nutrientes, portanto, o rúmen destes bovinos precisa apresentar grande capacidade volumétrica e funcionalidade.  Desde o nascimento, as bezerras necessitam de alimentos concentrados que estimularão o crescimento do epitélio ruminal (aumento da área de absorção). O estímulo primário para o desenvolvimento deste epitélio é químico e são os ácidos graxos voláteis, como o propionato e butirato, os responsáveis pelo desenvolvimento das papilas absortivas. 
A dieta baseada no fornecimento de água, leite e alimentos concentrados, nos primeiros 60 dias de vida dasbezerras, proporciona maior desenvolvimento. “Neste período, alguns pecuaristas ignoram estas recomendações e substituem  os alimentos concentrados por forragens, o que resulta em baixo ganho de peso dos animais. Para compensar esta situação, nos meses subsequentes, são oferecidos alimentos de forma indiscriminada. Isto acarreta em ganho de peso excessivo, o que compromete o desenvolvimento daglândula mamária (acúmulo de gordura). O ganho de peso excessivo até a puberdade significa redução da  receita da fazenda, já que houve consumo de alimento desnecessário e redução na produção de leite, que será vivenciada durante toda a vida produtiva do animal”, ressalta José Leonardo Ribeiro, gerente de produtos de ruminantes da Guabi.
Após o parto, vacas primíparas e multíparas necessitam de cuidados nutricionais especiais, principalmente aquelas de primeira cria, pelo fato de necessitarem crescer e produzir ao mesmo tempo. Os primeiros meses pós-parto são fundamentais, não só do ponto de vista produtivo como também reprodutivo. Os alimentos ingeridos sustentarão a manutenção, produção de leite (lactação), recuperação da condição corporal, retorno à reprodução e crescimento do animal.  É desejável que novilhas venham a parir pela primeira vez antes do 25º mês (raças européias), com aproximadamente 80% do peso de um animal adulto.
Em rebanhos leiteiros, o principal fator que limita a produção de leite e reprodução é o baixo teor de nutrientes digestíveis totais (energia) das “dietas”, principalmente dos alimentos volumosos. Portanto, para o incremento da produção de leite é necessário o fornecimento de alimentos concentrados (rações) que forneçam proteína, carboidratos, minerais e vitaminas.

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