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terça-feira, 5 de junho de 2012

Busca pela imunocastração de suínos

A castração na suinocultura é uma conhecida técnica de manejo, utilizada em larga escala em nosso país, dentre outros produtores mundiais. Pode ser realizada em qualquer idade animal, mas é mais vantajosa nas primeiras semanas de vida do leitão.
Dentre suas várias funções está a de reduzir ou eliminar o odor sexual dos suínos machos, pois os animais não castrados podem produzir uma carne com um odor e gosto sexual, devido às altas concentrações de androsterona (feromona sexual natural) e/ou escatol (produto da digestão de suínos).
No continente europeu, a castração de animais foi proibida, sendo necessários outros métodos para a produção de carne de qualidade. Assim, o DanishPigResearch Centre, centro de pesquisa vinculado a Universidade de Copenhague/Dinamarca, está pesquisando a seleção genômica dos suínos para reduzir seu odor através de outros métodos.
Espera-se com a pesquisa a seleção genômica, trabalhando com as informações de DNA de animais que apresentam pouco odor, buscando a produção de suíno sustentável, considerando as questões socioambientais.
 Vacina que substitui castração
A legislação brasileira obriga a castração do suíno macho, podendo resultar na rejeição da carne pelos consumidores, caso não seja realizada. O procedimento cirúrgico de castração é tradicional nas granjas produtoras, mas traz desvantagens relacionadas à produção do animal e ao seu bem-estar.
Uma vacina desenvolvida pelo CTC (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Carnes) já está em processo de registro em alguns países como Estados Unidos, países europeus, asiáticos e da América Latina. Ela já é comercializada na Austrália e Nova Zelândia desde 1998. No Brasil, o registro já foi aprovado após os testes realizados pelo CTC/ITAL, além dos testes comerciais que estão sendo realizados em grande escala com as sete maiores empresas de carne do País.

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