O Brasil assumiu a vice-presidência da Comissão Regional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês) no continente americano. A presidência do grupo ficou com os Estados Unidos. “Isso é um reconhecimento da possibilidade de o Brasil contribuir com a política regional e da América Latina. Já foi demonstrado que o País fez a lição de casa”, afirma o diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura (Mapa), Guilherme Marques, que ocupará o cargo.
Conforme Marques, a escolha coloca o País na posição de protagonista nas decisões de sanidade do continente. “É um desafio, na busca de fortalecer o continente como um todo especialmente a América do Sul”, salienta. A eleição ocorreu durante a 80ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da entidade, na semana passada, em Paris.
Entre as principais preocupações na área para a região no próximo ano ele destaca a aftosa e peste suína clássica. A redução da prevalência de tuberculose e brucelose, bem como a de casos de raiva, também está entre as metas. “Os desafios não são poucos, mas com decisão política e ciência poderemos avançar”, pondera.
Entre as principais preocupações na área para a região no próximo ano ele destaca a aftosa e peste suína clássica. A redução da prevalência de tuberculose e brucelose, bem como a de casos de raiva, também está entre as metas. “Os desafios não são poucos, mas com decisão política e ciência poderemos avançar”, pondera.
Para tanto, o diretor ressaltou a necessidade de investimento em serviços veterinários. Ele afirma que resultados como o obtido pelo Brasil recentemente na OIE, com a alteração de status de encefalopatia espongiforme bovina para insignificante, e o que o País busca com a aftosa, doença para a qual o Brasil busca o status de livre com vacinação para todo o território até 2013, só podem ser atingidos e mantidos se os serviços forem prioridades para os países da região.
“A questão não é somente erradicar a doença, mas ter um serviço veterinário fortalecido, com independência técnica e financeira. É isto que defendemos, que a melhoria nos serviços é um investimento e não um gasto, e notamos que os governantes estão mais sensíveis em relação a este tema”, destaca.
“A questão não é somente erradicar a doença, mas ter um serviço veterinário fortalecido, com independência técnica e financeira. É isto que defendemos, que a melhoria nos serviços é um investimento e não um gasto, e notamos que os governantes estão mais sensíveis em relação a este tema”, destaca.
Na ocasião, também foi anunciada a reeleição do coordenador-geral de Apoio Laboratorial (CGAL) do Mapa, Jorge Caetano Júnior, como membro da Comissão do Código Terrestre da OIE.
Mal da Vaca Louca
Marques também comentou a conquista do status de risco insignificante para encefalopatia espongiforme bovina, anunciado no evento na última quarta-feira, 23. “Isso é extremamente gratificante e representa o esforço dos envolvidos com este pleito nos últimos dez anos”, destaca.
Com a nova classificação de risco, a expectativa é e de que o País conquiste novos mercados para a carne bovina, como Tunísia e Egito, que tinham restrições ao produto em função do seu status sanitário, e negocie animais vivos para países com o mesmo status na América do Sul, como Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai. “Agora cabe ao setor privado buscar estes mercados. Nosso objetivo é dar a garantia sanitária”, afirma.
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Fonte: Portal DBO