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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

EUA: previsões para o mercado de carne bovina (USDA)

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) lançou relatório sobre previsões do mercado pecuário e segundo os dados, os abates de bovinos inspecionados pelo Governo têm sido até agora em 2011 maiores com relação ao rebanho de 1o de janeiro de 2011, ultrapassando os abates do ano anterior, que foram atipicamente grandes.

Até agora nesse ano (até 26/nov/2011), os abates cumulativos semanais inspecionados pelo Governo Federal foram 4,3% maiores do que no mesmo período de 2010. Para bovinos de corte, em 2011, os abates foram 14% maiores que no mesmo período de 2009, enquanto os abates de vacas leiteiras foram somente 2% maiores.

As ofertas cada vez mais escassas de gado para reposição, especialmente os mais pesados, com mais de um ano de idade, indicam que os preços desses animais devem continuar altos pelos próximos 2 a 3 anos até que as safras de bezerros comecem a aumentar.

Março foi o único mês em 2011 que não teve mais gado entrando em confinamento com menos de 600 libras (272,15 quilos) em relação ao ano anterior. Isso resultou em uma inversão atípica na diferença entre os preços do gado gordo das Planícies Central e do Sul. Janeiro, julho e setembro foram os únicos meses em 2011 (até novembro) em que os preços do novilho gordo de Texas-Oklahoma (35-65% Choice) foram maiores do que os preços do novilho gordo de Nebraska (65-80% Choice).

Apesar dos altos preços do boi gordo, as margens de lucros se mantiveram em níveis estáveis ou menores. Além disso, confinadores continuam colocando gado caro no cocho, acreditando em maiores preços do gado gordo em 2012, quando a oferta desse tipo de animal deve se tornar escassa.

Entretanto, a oferta de gado gordo devem continuar nos níveis atuais até cerca da primeira metade de 2012, devido ao maior número de animais leves alojados em confinamento durante a última metade de 2011. Esses animais deverão ser comercializados durante o primeiro semestre de 2012.

As margens negativas têm levado os frigoríficos a reduzir os números de abates e diminuir os preços pagos pelo boi gordo.

Mercado internacional

As exportações de carne bovina dos Estados Unidos em 2011 continuarão fortes. É esperado aumento de 21% nesse ano, à medida que as exportações de carne bovina deverão ser de 1,261 milhão de toneladas.

Os principais fatores suportando o forte mercado de exportação em 2011 são: (1) maior demanda por carne bovina dos Estados Unidos à medida que a renda disponível dos consumidores estrangeiros aumenta, (2) um declínio mundial nos estoques totais de bovinos e na produção de carne bovina, (3) um aumento no número de países estrangeiros comprando carne bovina dos Estados Unidos, (4) uma taxa de câmbio favorável (com um dólar norte-americano relativamente fraco tornando o produto dos Estados Unidos mais atrativo em termos de preços nos mercados globais).

Até out/11, os maiores aumentos nas exportações de carne bovina dos Estados Unidos vieram da Coréia do Sul (+45%), Japão (+31%) e Canadá (+33%). Junto com o México (+1%), esses países são os maiores importadores de carne bovina dos Estados Unidos, totalizando quase dois terços do total da carne bovina exportada até outubro de 2011. As exportações totais a Hong Kong (+41%), Egito (+23%) e Rússia (+85%) também apresentaram fortes aumentos.

Até outubro, os sete países acima importaram pouco mais de 80% das exportações totais de carne bovina dos Estados Unidos. Em 2012, com a produção de carne bovina dos Estados Unidos devendo cair 5%, as ofertas para exportação serão menores. A força vista no mercado de exportação, entretanto, deverá continuar no próximo ano, incluindo o crescimento nos mercados asiáticos. Apesar de se esperar uma menor oferta dos Estados Unidos, as exportações de carne bovina deverão se manter no mesmo nível das desse ano.

As importações de carne bovina pelos Estados Unidos em 2011 deverão ser 11% menores em relação ao ano anterior, de 929,86 mil toneladas. Até outubro, as importações de maiores fornecedores caíram. As importações da Austrália e do Canadá caíram em 25% e 22% até outubro. Esses dois países têm historicamente fornecido carne bovina aos Estados Unidos. Nos últimos 10 anos, forneceram em média mais de 60% das importações totais de carne bovina dos Estados Unidos nesse período.

As importações da Nova Zelândia (-3%), Brasil (-53%) e Uruguai (-11%) também foram menores com relação ao ano anterior, enquanto as importações do México (+49%) e América Central (+29%) até outubro foram maiores. O aumento nas plantas inspecionadas pelo Governo Federal, bem como a maior produção de carne bovina de animais alimentados com grãos, deverá aumentar a oferta de carne bovina de maior qualidade exportável. As escassas ofertas globais de carne bovina, entretanto, continuarão em 2012, quando as importações de carne bovina dos Estados Unidos deverão aumentar em 2%, para 948 milhões de quilos.

O programa Laço buscou essa notícia em: USDA, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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