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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Bem-Estar Animal

O termo bem-estar animal vem sendo empregado sob uma nova perspectiva: longe de considerações éticas, ele agora é utilizado como um conceito científico no estudo do comportamento dos animais, sob a perspectiva de estes serem “sencientes” (ou seja, capazes de sentir).
Com base nesta premissa, estudos desenvolvidos para analisar índices fisiológicos dos animais apontam que estes são menos produtivos em situações negativas (ligadas ao estresse) e mais produtivos em situações positivas (ligadas ao prazer). Ou seja: ao se sentirem livres de situações de estresse e de sofrimento, os animais produzem mais e os produtores têm maior lucratividade.
Com isso, boas práticas de manejo, tanto nas fazendas quanto nos frigoríficos, garantem maior qualidade aos produtos e menos perdas econômicas. Além disso, garantem mais visibilidade aos produtos e maior inserção em mercados diferenciados.
Estudos sobre assunto vêm sendo feitos desde a década de 1960, mas foi o professor inglês Donald Broom que lecionou pela primeira vez uma disciplina sobre o tema, na Inglaterra em 1.986, no curso de Medicina Veterinária da Universidade de Cambridge.
Estudando as características comportamentais dos animais, o BEA propõe cinco liberdades. Com elas, eles devem estar:
  1. Livres de fome e sede
  2. Livres de desconforto
  3. Livres de dor, ferimentos e doenças
  4. Livres para expressar seu comportamento natural
  5. Livres de medo e angústia
Além do apelo econômico que a adaptação do manejo com os animais possui, o lado ético deste tipo de produção também tem levado produtores a adotar um novo modelo. Muitos consumidores, principalmente de mercados como o europeu e do Reino Unido, têm exigido que as grandes redes varejistas comprem produtos apenas de fazendas sustentáveis, onde os animais não sofram maus-tratos e tenham suas liberdades individuais salvaguardadas.

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