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sexta-feira, 30 de março de 2012

Baixos preços continuam ameaçar a suinocultura

É fato que a suinocultura catarinense e brasileira não consegue dar passos largos.  Entra e sai ano, a instabilidade sempre gera momentos difíceis e promove a continuidade da crise que permanece há anos no setor.  Na última semana, após quedas consecutivas no preço pago aos produtores, uma triste lembrança desmotivou ainda mais o setor. A falta de iniciativas públicas que podem ajudar a atividade e ir ainda mais além, apoiar a produção de alimentos.
No vídeo reportagem exibida pela TV ACCS é possível acompanhar imagens e depoimentos da Audiência Pública, realizada em junho do ano passado, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, que reuniu produtores, autoridades, deputados e órgãos do Governo do Estado, promovida com foco na Situação da Suinocultura. Naquele momento a crise chegou a tal ponto, que muitos produtores desistiram da atividade.
Segundo a ACCS, foi unânime entre as lideranças que a suinocultura precisaria de ajuda. Os depoimentos registrados pela TVAL comprovam a preocupação. Durante a audiência produtores se pronunciaram e fizeram sugestões para a casa legislativa e para o Governo do Estado e Governo Federal. “Controle de Produção é necessário, é feito em outros países, mas aqui no Brasil a falta de vontade não permite que algo tão simples possa auxiliar nós produtores”, destaca o produtor Eliseu Pinzeta. O suinocultor também reitera sobre o auxilio prestado pelo Governo Federal ao setor. “Fazer um controle de produção não é possível, mas retirar dinheiro do BNDES para financiar mega projetos, com mais de quatro mil matrizes, isso é possível. Acabar com a produção de alimentos de propriedade que há décadas atuam na suinocultura, devido a falta de controle de produção”, destaca.
Para a ACCS, com a audiência ficou definido que os esforços não seriam poupados para que medidas emergenciais e futuras fossem tomadas. Ações como: maior disponibilidade de milho modalidade Balcão, PEP - Prêmio de Escoamento da Produção com prêmio de R$ 8,00 a saca, crédito extra e prorrogação de financiamentos aos produtores, criação de uma legislação específica para o ICMS pessoa física, controle deprodução, compra de carne suína pelo poder público, foram definidas. De acordo com a ACCS, nenhuma ação foi levada a diante. E a falta de auxilio está fazendo com que novamente, a situação chegue aos extremos para o produtor.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Mapeamento genético das raças Zebuinas

A Embrapa Gado de Leite pode firmar parceria com a multinacional Affymetrix Latin America para viabilizar um modelo de genotipagem para bovinos de leite no Brasil. Representantes das instituições estarão reunidos no dia 29 de março na sede da Embrapa.  “Esta parceria beneficiaria os usuários, já que através das plataformas da Embrapa e da Affymetrix poderemos desenhar um mapeamento específico com informações de interesse econômico para as raças como o Nelore e Girolando, o que tornaria a indústria Brasileira melhor e mais independente”, afirma Ruwet.
O objetivo do trabalho serão as raças zebuínas para leite. Segundo Lourdes Ruwet, responsável pela área de negócios e mercado internacional da Affymetrix, uma ação conjunta entre as empresas poderá ampliar as informações disponíveis sobre as raças.
O Chefe de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Gado de Leite, Rui da Silva Verneque, considera a proposta de trabalho conjunto uma excelente oportunidade. “Trata-se de uma ação da mais alta importância pela perspectiva de trabalho que ela pode gerar”, destacou.
Fonte: Embrapa gado de leite

quarta-feira, 28 de março de 2012

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terça-feira, 27 de março de 2012

MT: abate de fêmeas não comprometerá rebanho bovino, avalia Imea

A utilização cada vez mais frequente de fêmeas para abate em Mato Grosso não deve comprometer o crescimento do rebanho bovino do estado, atualmente na casa de 29,1 milhões de animais e o maior do Brasil. O entendimento é do superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidônio. Em 2011, dos mais de 4,8 milhões de cabeças fornecidas para as indústrias, 44,6% eram fêmeas e 55,4% eram machos. A opção por fêmeas no ano passado foi a maior desde 2006, quando correspondeu a 49,4%, segundo estudos elaborados pelo Imea.
Fatores como a seca, associada ao ataque de pragas às pastagens contribuíram para elevar o descarte de fêmeas no estado no ano passado. Foram 2,1 milhões de animais abatidos de um plantel total de 11,8 milhões de cabeças, de acordo com o Imea. O desfrute destes animais, que na prática representa a taxa de abates feitos a cada 12 meses, atingiu 18,4%.
Conforme lembra Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o pecuarista optou por utilizar as fêmeas para permitir a movimentação econômica no setor pecuário. Segundo ele, é comum ao setor pecuário abater fêmeas em momentos considerados de crise, quando o pecuarista precisa se capitalizar. Em 2005 e 2006, por exemplo, o produtor recorreu a esta prática e abateu nos dois anos quase 5 milhões de animais.
Para o superintendente do Imea, o ‘fenômeno’ que impulsou o abate de fêmeas entre 2010 e 2011 não pode ser comparado aos anos em que o pecuarista mato-grossense enfrentou um período de crise na atividade. “Entre 2005 e 2006 tivemos um momento crítico. Em 2011, não”, pontuou. A tendência é que a partir deste ano reduza velocidade de abate destes animais.

Fonte:  G1 (MT), resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Confinamento ganha força na região Oeste

Custo-benefício da técnica do confinamento chama atenção e ganha novos adeptos em cidades do Oeste
Criadores de gado dos municípios da região Oeste, tais como Medianeira, Matelândia, Ramilândia e São Miguel do Iguaçu abriram mão do sistema tradicional de criação de bovinos de corte no pasto e optam agora por um novo mecanismo, conhecido como confinamento. O tempo de abate do novilho é de sete meses no confinamento, enquanto que no método antigo o criador precisa esperar dois anos até o animal atingir o peso ideal.
Nos municípios citados acima, mais de cem produtores apostam no novo modelo de criação de gado de corte, considerado mais eficiente e com uma demanda de tempo bem inferior ao sistema até então utilizado com mais regularidade.
Uma das práticas mais comuns verificadas nas propriedades tem relação com a utilização de novilhos do gado leiteiro, antes abatidos logo depois do nascimento.
Em sistema de confinamento, os novilhos se desenvolvem e com cerca de sete meses já podem ser abatidos para atender o mercado de carnes na região.
Um dos criadores que investe neste modelo é André Cozer, de Matelândia. Segundo ele, todo o plantel recebe alimentação diferenciada, baseada em milho. A composição para o trato dos animais segue os seguintes critérios: 80% de grão de milho e 20% de ração proteica, com aditivos, microminerais e vitaminas. Segundo informações obtidas com o veterinário Felipe Brondani, o aumento do lucro é certo a partir da adesão ao sistema de confinamento. Para se ter uma ideia da diferença, filhotes rejeitados antes vendidos a R$ 300 chegam a custar agora mais de R$ 1 mil.
A adoção do novo modelo provocou um perfil inovador no mercado. Criadores agora têm dificuldade em encontrar novilhos para compra, uma vez que o setor leiteiro também decidiu investir no sistema para agregar valor na propriedade.
No fim do ano, o lucro pode chegar de R$ 3 mil a R$ 4 mil, de acordo com o criador de gado leiteiro Ardir Gubert. A qualidade da carne é um dos principais atributos, conforme atesta o proprietário de um açougue em Medianeira, Jadilmo Trevisol. Ele chega a vender quatro toneladas ao mês. A qualidade é atestada pelos clientes.
Fonte: O Paraná 

sexta-feira, 23 de março de 2012

Boas Práticas no Manejo do gado leiteiro

Quando o objetivo do criador é a produção de leite, ele deve possuir vacas puras de raças leiteiras ou mestiças selecionadas, por sua maior produção ou produtividade

Um rebanho leiteiro é formado por: 

- touros
- vacas em lactação; 
- vacas que não estão produzindo leite, as chamadas "vacas secas" que, normalmente, já entraram em gestação; 
- novilhas, também em gestação; 
- novilhas que ainda não foram acasaladas; 
- bezerras. 

As bezerras 

De acordo com o tipo ou nível da criação e da produção de leite, a cria recém-nascida pode ter tratamentos diferenciados. Ela deve ser mantida com a mãe para que, por ainda ser indispensável, nela mame o colostro e depois o leite, até à sua desmama. Pode, também, ser separada da mãe, após receber o colostro e ser alimentada em baldes ou "bicos", também até a desmama, mas com uma alimentação suplementar, para que beba menos leite. 

Esta prática apresenta bons resultados, ou seja, maiores lucros para os criadores, devido ao barateamento da alimentação, pois os outros alimentos que as bezerras recebem são bem mais baratos do que o leite. Além disso, é adotada, também, a desmama precoce. 

Cria e recria 

A manutenção, ou seja, a cria e recria das bezerras é de grande importância sendo necessária uma seleção rigorosa, sob o aspecto zootécnico. 

Para que os resultados sejam satisfatórios, devemos tomar alguns cuidados, entre os quais, proporcionar-lhes as melhores condições sanitárias, fornecer-lhes água limpa, fresca e à vontade, bem como mantê-las em creches ou pequenas baias individuais ou coletivas, próximas ao local das ordenhas e nunca em locais fechados, pouco ventilados, escuros ou úmidos. Elas devem ser mantidas, ainda, em lotes o mais homogêneos, no que diz respeito às suas idades e tamanhos. 

Nas duas primeiras semanas de vida, elas devem tomar leite 2 vezes ao dia e à partir da terceira, somente uma vez. Uma ração balanceada, feno ou pastagens, também devem ser dadas às bezerras, desde a sua primeira semana de vida. Elas devem ter sempre à sua disposição, forrageiras como os fenos. 

Quando criadas a campo, devem ser mantidas em pastagens de boa qualidade, de preferência de leguminosas, além de disporem de um abrigo coletivo ou de baias, abrigos ou casinhas individuais. 

A desmama deve ser feita quando as bezerras atingem entre 45 e 50 ou 60 dias, quando elas alcançam, normalmente, um peso acima de 60kg. 

Importante, também, é obedecer um esquema de vacinações e de vermifugações, indicadas de acordo com as rotinas e as necessidades, que podem variar de acordo com a região do País. 

Recria 

Após a desmama, as bezerras devem continuar a receber rações concentradas, além de continuarem a ter acesso a boas pastagens. Contudo, à medida em que vão se desenvolvendo e aumentando de peso, podem ser transferidas para pastagens de menor qualidade e, depois, à partir do quarto mês de idade, passam a receber a mesma ração fornecida às vacas. Nesse período, os cuidados sanitários são ampliados, com um controle rígido dos parasitas externos e internos, além do esquema de vacinações.
 

quinta-feira, 22 de março de 2012

A importância da suplementação mineral na eficiência reprodutiva de vacas de corte

A maioria das forrageiras tropicais não apresenta quantidades necessárias de nutrientes essenciais para o crescimento, desenvolvimento e reprodução de bovinos. Essa deficiência nutricional aumenta à medida que as forrageiras completam seu ciclo de crescimento. Dessa forma, nas fazendas de gado de corte é necessário realizar a suplementação mineral, que irá suprir os minerais deficientes nas forrageiras. Quando a suplementação não é realizada ou é conduzida de forma incorreta, os animais podem apresentar deficiência crônica de minerais, que resulta em subfertilidade do rebanho (Kunkle, 2001). 

Os minerais podem exercer diferentes efeitos sobre a reprodução de bovinos. A deficiência de cálcio pode reduzir a motilidade progressiva dos espermatozóides. A baixa disponibilidade de fósforo pode reduzir a fertilidade (ciclos irregulares), aumentar a incidência de cistos foliculares e do grau de anestro. Outros minerais importantes que exercem efeito sobre a reprodução são o sódio e o potássio, que, em situações de carência, reduz a motilidade progressiva e o número de espermatozóides vivos. Além disso, a deficiência destes minerais aumenta as perdas gestacionais. O selênio apresenta papel importante na mobilização das defesas imunológicas. A deficiência desse mineral predispõe à ocorrência de doenças reprodutivas após o parto (retenção de placenta, endometrite e metrite). Além disso, a baixa disponibilidade desse mineral reduz a concentração espermática, aumenta o número de espermatozóides mortos ou defeituosos. O cobre e o zinco são importantes para a reprodução.

A deficiência de zinco altera a secreção de hormônios no sistema endócrino e a carência de cobre aumenta a perda gestacional, reduz a atividade ovariana e aumenta a incidência de retenção de placenta. Outros minerais também podem agir na reprodução como enxofre, manganês e cobre. A carência desses minerais reduz a fertilidade de fêmeas bovinas. No entanto, alguns cuidados devem ser observados para o fornecimento da suplementação mineral, segundo proposto por Valee et al. (1998):
a) estado fisiológico do animal: a condição fisiológica do animal (novilha em crescimento, vaca nos pós-parto recente com bezerro ao pé, vacas secas, primíparas) influencia sua demanda nutricional. A exigência nutricional em ordem crescente seria: vacas secas em estado de mantença, bois em terminação, novilhas em crescimento, vacas no final de gestação e, por fim, vacas no pós-parto recente em lactação.
b) tipo de pastagem: a composição química e a digestibilidade da espécie forrageira é outro fator importante a ser levado em consideração durante a escolha da suplementação mineral. Geralmente, as gramíneas adaptadas a solos de baixa fertilidade, como o gênero Brachiaria, apresentam composição mineral mais deficiente. Neste caso, a exigência mineral é maior, sendo necessário que o núcleo fornecido aos animais em pastejo seja mais completo (maior número de minerais) e em maior concentração. As gramíneas mais exigentes em qualidade de solo, como as do gênero Panicum, apresentam composição mineral mais adequada às necessidades dos animais, podendo a suplementação ser mais simples.
c) época do ano: no período seco, além da queda de consumo e digestibilidade das gramíneas, as concentrações dos minerais presentes nas gramíneas diminuem. A ingestão de matéria seca também reduz em função da menor concentração de proteína e energia nas forrageiras. Essa condição pode influenciar a eficiência reprodutiva em vacas na estação de monta após esse período.
Dessa forma, a suplementação mineral em rebanhos bovinos é extremamente necessária para aumentar a eficiência reprodutiva de vacas de corte, pois os níveis de fósforo, sódio, zinco e cobre presentes nas forrageiras são insuficientes na maioria das regiões do Brasil. O cálcio e magnésio em geral, estão presentes em níveis adequados nas forrageiras. O potássio, ferro e manganês apresentam concentração nas forrageiras acima das exigências nutricionais de bovinos.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Unesp inova ao tratar doença bovina

Todo pecuarista experiente percebe que quando o animal fica anêmico e apático demais, é sinal de que ele pode sofrer de tristeza parasitária bovina, uma doença provocada por um protozoário (Babesia ssp) e uma bactéria (Rickttsia Anaplasma) e transmitida por carrapatos. Ela causa prejuízos de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão, por ano, à pecuária nacional e atinge rebanhos de todo o país.
A "tristeza" costuma ser tratada com medicamentos ou prevenida com vacinas. Em situações mais graves, recorre-se à transfusão de sangue nos casos de anemia no rebanho. Porém, o doador, mesmo sem apresentar sintomas, pode ter sido contaminado pelo carrapato. O animal que recebe a doação só terá a enfermidade agravada.
Uma pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu (SP), encontrou uma maneira de evitar esse risco. Durante um ano e com um plantel de 200 animais (doentes e sadios), com idades entre 8 e 12 meses, os pesquisadores testaram o tratamento do sangue do doador com vitamina B2 - componente elementar na dieta e de baixa toxicidade - e radiação ultravioleta, para eliminar a ação do parasita que se aloja nas hemácias e causa desequilíbrio do organismo. "O tratamento inativa a ação maléfica permitindo o efeito benéfico da transfusão. Ele evita que o bovino que recebeu o sangue piore e corra o risco de morrer", explica Raimundo Souza Lopes, coordenador do estudo.
Para Lopes, a técnica tem condições de diminuir os danos que a doença causa à pecuária, que não são poucos. Além da mortalidade, ela é responsável por perdas indiretas, como a queda na produção de leite, diminuição do ganho de peso e custos para controlar sua prejudicial ação aos bovinos.
O Rio Grande do Sul é o que mais sofre com a doença. Segundo dados da Universidade Federal de Pelotas (RS), a mortalidade de 4,73% do rebanho do sul do Estado, formado por 2,6 milhões de cabeças, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é provocada pela "tristeza".

terça-feira, 20 de março de 2012

Alimentação diferenciada faz aumentar em 20% a produção de leite

A metodologia de um projeto implantado pelo Sebrae proporcionou o aumento de 20% na produção leiteira do rebanho de um produtor rural em Fartura, São Paulo, em três meses. O pecuarista Welder Luciano Corrêa afirma que capta 650 litros de leite por dia com 27 vacas em lactação, ordenhadas duas vezes ao dia. A partir das orientações que recebeu por meio do Projeto Qualyleite, ele passou a fornecer aos animais uma alimentação de acordo com a produção individual. O rendimento obtido antes da iniciativa, segundo o criador, era de 520 litros diários. 
Conforme o Sebrae-SP, o incremento também se deve a uma estratégia do National Research Council (NRC), que avalia os requerimentos nutricionais utilizados na formulação de dietas de vacas em lactação. Na aplicação das regras, a dieta é balanceada com ingredientes, como pasto de boa qualidade, milho, polpa cítrica, farelo de soja e mineralização.
Segundo o consultor em Agronegócios da entidade, Eduardo Noronha Viana, outros dois fatores também estão associados à boa nutrição do rebanho.
– O primeiro é a melhoria da qualidade do leite e o aumento na quantidade de sólidos presentes, que bonificam o produtor em até R$ 0,11 por litro. O segundo está ligado à melhoria dos índices reprodutivos que indiretamente reduzem o custo de produção e aumentam a produtividade – explica.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Ovinocultura precisa superar obstáculos para atender demanda crescente por carne

O desafio da ovinocultura brasileira é ampliar o rebanho comercial. A avaliação foi feita por representantes do setor durante a Feira Internacional de Caprinos e Ovinos (Feinco), em São Paulo. Conforme a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos, (Arco) o rebanho atual é de 16 milhões de cabeças, incluindo animais de elite.
"O consumo médio por pessoa ao ano é de 400 gramas. Para chegarmos aos 2,5 quilos, seria necessário ampliar esse número para 50 milhões de ovelhas", projeta o presidente da Arco, Paulo Schwab. Ele destaca que, enquanto o rebanho de elite tem crescido o comercial está estagnado, o que tem levado produtores a venderem animais de genética para abate.
Em São Paulo, o rebanho chega a 1 milhão de cabeças. Para atender a demanda crescente de consumo, a Associação Paulista de Criadores de Ovinos (Aspaco) calcula a necessidade de 7 milhões de matrizes. “O nosso objetivo é aumentar o número de produtores comerciais”, afirma Francisco Manoel Nogueira Fernandes, presidente da associação.
Atingir esta meta passa por superar entraves históricos do setor, como o elevado índice de abate clandestino, responsável por 92% da carne que chega à mesa do consumidor. É a prática, no entanto, que permite que produtores que não possuem condições de fechar um lote para entrega ao frigorífico mantenham seus negócios.
A Arco projeta um consumo médio nacional de 85 mil toneladas por ano. "Nós nunca tivemos um mercado organizado para carne", reconhece Schwab, uma vez que por muito tempo a ovinocultura teve como maior foco o consumo de lã.

Organização
Para Schwab a falta de organização no setor também é resultado do desconhecimento de muitos produtores sobre a atividade. Ele defende a necessidade de mão de obra qualificada para que os animais sejam tratados da forma correta.  "A ovelha tem seus hábitos, manejo e suas enfermidades específicas”, argumenta.
O dirigente acredita que a extensão rural é importantíssima para a ovinocultura  para que o ovinocultor tenha mais informação sobre a criação. "Teríamos que fazer treinamento para levar as tecnologias ao produtor para que ele tenha rentabilidade”, afirma.

O presidente da Aspaco se mostra otimista com os rumos do setor e afirma que há produtores mais conscientes. "Hoje, o produtor busca estrutura, faz as contas e procura os melhores profissionais. Há 15 anos, ele procuraria o pior", analisa Fernandes.
 Por outro lado, lamenta o individualismo de alguns criadores. "Desenvolvemos pacotes de tecnologia com parceiros como o Sebrae, por exemplo, e vemos produtores que não usam, ou insistem em sistemas que não são rentáveis", observa.

Fonte: Portal DBO

sábado, 17 de março de 2012

Tristeza parasitária bovina: novo tratamento

A saúde do rebanho bovino está sujeito à ação de várias enfermidades, que provocam perdas significativas de sanidade e produção do gado. Como exemplo, temos a Tristeza Bovina, uma doença transmitida por carrapatos, causada por uma bactéria (Rickttsia Anaplasma) e um protozoário (Babesia SSP), que segundo dados de pesquisas agropecuárias, traz prejuízos de 500 milhões de dólares todo ano ao Brasil.
Estes parasitas se alojam e reproduzem dentro das hemácias do sangue do animal, destruindo-as a cada ciclo de multiplicação, causando anemia nos bovinos infectados.
A prevenção, por meio de vacinas, além do tratamento com medicamentos específicos, são as formas mais comuns de combate à doença.
Em casos mais graves é necessária a transfusão de sangue do rebanho afetado. Sobre este tratamento que a Universidade Estadual Paulista (Unesp) traz uma novidade, segundo pesquisa recentemente publicada.
O animal doador do sangue, mesmo em aparente saúde, pode ter sido contaminado pelo parasita causador da doença, o que fará que o receptor desta transfusão tenha seu quadro clínico agravado. Contando com uma amostra de 200 animais, entre doentes e sadios, com idades variando de 8 a 12 anos, que pesquisadores conseguiram ganhos nessa forma de tratamento.
Testando o tratamento do sangue do doador com radiação ultravioleta e vitamina B12, foi possível eliminar a ação do parasita que se aloja nas hemácias e causa desequilíbrio do organismo. Assim, segundo o coordenador da pesquisa, Raimundo Souza Lopes, o tratamento inibe a ação negativa da transfusão, evitando que os animais que recebam o sangue corram o risco de morrer. O pesquisador complementa que a técnica pode evitar prejuízos, pois além de morte de animais, a doença traz perda na produção de leite e peso do gado.

Fonte: http://www.revistaveterinaria.com.br/2012/03/16/tristeza-parasitaria-bovina-novo-tratamento

sexta-feira, 16 de março de 2012

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Baixos preços ameaçam a suinocultura

Os baixos preços pagos aos produtores pelo quilo do suíno vivo podem levar a suinocultura brasileira a enfrentar uma crise sem precedentes. Os valores repassados ao produtor não correspondem aos necessários para cobrir os custos da produção, acentuando as diferenças na balança comercial da suinocultura.
Recentemente, conversei com o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira Júnior, que fez um alerta para os prejuízos que a falta de uma remuneração adequada pode causar à produção. Segundo o presidente da APCS, alguns produtores de suínos da região de São Paulo estão até mesmo desistindo da produção, o que pode ser uma perda muito séria para a economia nacional.
Para se ter um exemplo dos prejuízos, o quilo vivo pago ao produtor no Rio Grande do sul, estado que domina a maior parte da produção de suínos do país, está em R$ 2,10. Cerca de R$0,50 abaixo do valor necessário para cobrir os custos da produção, estimada em R$ 2,60.
Para manter um animal apto para o abate, o preço pago ao produtor não poderia ser inferior a R$ 2,60 por quilo vivo. É preciso levar em consideração que o produtor gasta com insumos, como o milho e a soja, que têm tido elevação nos preços, especialmente pelas condições climáticas não muito favoráveis que têm abalado nosso país.
Em um período em que o Brasil tem se destacado na produção de carne suína interna e externamente, é preciso que existam medidas capazes de pressionar a indústria a cumprir com o pagamento de um valor, no mínimo, equilibrado com os custos para manter a produção.
Como presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), irei batalhar para que o preço pago aos produtores seja, no mínimo, o necessário para cobrir os custos da produção.  Já estamos buscando uma audiência com o Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, para tratar do assunto. Espero que, em breve, possa trazer boas notícias aos produtores de carne suína do Brasil.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Principais doenças de caprinos e ovinos no Brasil

Embrapa mapeia as principais doenças de caprinos e ovinos no Brasil

Está em fase avançada os estudos realizados por pesquisadores da Embrapa Caprinos e Ovinos em nove estados do Brasil para identificar o nível de infecção dos rebanhos de pequenos ruminantes pelas nove principais doenças que afetam caprinos e ovinos. O trabalho de campo foi concluído no Nordeste e estão sendo coletadas amostras nos três estados de outras regiões do país. A pesquisa, iniciada em janeiro de 2009, resultará na caracterização do perfil zoossanitário da caprinocultura e da ovinocultura tropical por território. 

Três das doenças são contempladas pelo Programa Nacional de Sanidade de Caprinos e Ovinos (PNSCO), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA): Artrite Encefalite Caprina (CAE), Maedi-Visna (MVV) e Brucelose Ovina. O resultado da pesquisa envolvendo esse grupo irá subsidiar o estabelecimento do programa e orientar políticas públicas e privadas para o controle das enfermidades.

As outras seis doenças impactam negativamente a produtividade dos rebanhos, daí a importância do diagnóstico. Trata-se de Linfadenite Caseosa, Clamidofilose, Neosporose, Toxoplasmose, Língua Azul e Leptospirose. Para prevenir as doenças, é necessário aplicar as técnicas de manejo sanitário de pequenos ruminantes. A Embrapa oferece tais instruções em documento disponibilizado no link http://www.cnpc.embrapa.br/admin/pdf/03155000120122.doc77.pdf

Os estados que participam das análises são os que possuem maior representatividade na caprinocultura e na ovinocultura tropical. Seis estão na região Nordeste (Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e Bahia), um estado é da região Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul) e dois do Sudeste do Brasil (Minas Gerais e Rio de Janeiro). Para mapear os outros estados da federação, os pesquisadores preveem um novo projeto.

A atuação em cada estado consiste na coleta de amostras de sangue em várias propriedades para o diagnóstico das doenças de caprinos e ovinos e na aplicação de questionário aos produtores, contemplando os temas nutrição, reprodução, sanidade e manejo geral. Relacionando os diagnósticos clínicos e os questionários, a pesquisa identificará os fatores de risco e o impacto econômico das enfermidades.

A Embrapa tem como parceiros no projeto universidades, institutos federais de educação, ciência e tecnologia e institutos estaduais de extensão rural. Quatro trabalhos de mestrado e doutorado já foram produzidos a partir da pesquisa e as informações foram apresentadas em oito eventos científicos.  
 
Carolina Rodrigues MTb 11055 MG
Jornalista - Embrapa Caprinos e Ovinos

Vendas de sêmen de bovinos de corte aumentam 26,8% em 2011

Sêmen do nelore foi o mais comercializado, com crescimento de 20,8% nos negócios 


No Laço você conta com o banco de cadastro de sêmens. Podem ser incluídos sêmens de animais de terceiros, ou seja externos, assim como os registrados nas propriedades cadastradas no sistema, buscando automaticamente informações da própria ficha, tais como: doador, espécie, raça, origem e RGN.


Em 2011, foram comercializadas 7,01 milhões de doses de sêmen de bovinos de corte, o que representa um aumento de 26,8%, sobre os números de 2010. Foram vendidos 3,01 milhões de doses de sêmen de nelore. O número representa 43% do total de sêmen de raças de corte de 2011. A análise é da Scot Consultoria, baseada nos dados do último relatório da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia).
 
Em relação a 2010, os negócios para o nelore cresceram 20,8%. A participação no total recuou 2,1 pontos percentuais.
 
Já os animais angus tiveram 34% do sêmen de raças de corte negociado. Entre as raças analisadas, teve o maior incremento nas vendas quando comparado com 2010, 39,8%. A participação no total negociado aumentou 3,2 pontos percentuais.
 
O nelore mocho teve crescimento de 27,5% nas doses comercializadas, ficando na terceira posição entre as raças de corte, com 3,7% de participação em 2011.
 
As vendas de sêmen de brahman tiveram recuo. No ano passado, foram negociadas 219,6 mil doses, contra 227,1 mil doses em 2010, queda de 3,3%. Para o guzerá, o incremento das vendas foi de 20,9%, saindo de 140 mil em 2010, para 169,3 mil em 2011. 



Fonte: http://www.acrimat.com.br/noticias/4615

quarta-feira, 14 de março de 2012

Cuidados como preparo de solo e manejo de pragas aumentam produtividade de 5 arrobas por hectare para 50

Na formação de pastagem se estabelece todo o processo inicial da produção pecuária. Se a formação for mal feita, o resultado não será o mesmo obtido no caso de um manejo adequado. Entre os fatores essenciais para a boa produção de pastagem está o preparo de solo e a correção com fertilizantes e corretivos, como calcário e gesso. Logo em seguida, vem a necessidade de determinar qual o nível de semeadura a ser aplicada, tomando os devidos cuidados com a qualidade das sementes. É o que recomenda o Dr. Moacyr Corsi, professor do departamento de zootecnia da USP-Esalq. Ele aborda a questão da formação de pastagem e recuperação de pasto degradado, um dos temas do “1º Encontro Alta de Gerentes e Capatazes”, realizado pela Alta Genetics, em Uberaba (MG), entre os dias 01 a 03 de março.

Depois da semeadura, é importante que haja uma compactação, fazendo com que as sementes tenham maior contato com o solo, o que promove uma condição de germinação muito rápida da planta forrageira. Com isso, estabelece-se uma germinação de sucesso — afirma o professor.

Ao mesmo tempo, ele diz que aparecerão plantas invasoras localizadas em diferentes profundidades do solo, o que faz com que tenham sempre uma condição ideal para se estabelecer. Por isso, depois da semeadura e compactação, há a necessidade de, dentro de 15 dias, fazer uma aplicação de herbicida.

Daí para frente, o próximo passo é o primeiro uso do pasto. É comum que ele seja feito após a semeadura, o que é muito errado. Quando isso acontece, perde-se a forragem por acamamento e a qualidade da forragem. Além disso, o aproveitamento da forragem produzida fica muito baixo. Por isso, deve-se fazer o primeiro pastejo somente quando a planta atingir uma altura entre 30cm e 50cm, dependendo da espécie forrageira — orienta o entrevistado.

Já quando a questão é adubação, Corsi é enfático. Para ele, não há como fazer uma recomendação de adubação sem realizar uma análise de solo previamente. Além disso, muitas vezes, o produtor faz a análise tardiamente, já no período das chuvas. Isso pode impossibilitar o uso correto de corretivos.

Quando o assunto é a degradação do pasto, as pragas são algumas das principais responsáveis. Por exemplo, o controle das cigarrinhas da pastagem está sendo feito com mais consciência atualmente, mas, em algumas regiões, ela não é controlada. Isso provoca a degradação dos pastos rapidamente — explica.

Outra questão importante citada pelo professor é a fertilidade do solo que, somada ao controle de pragas, caracterizam as principais razões para um pasto degradado.

Se fizermos um manejo correto, o reflexo pode ser um aumento na produtividade de 5 arrobas por hectare para 50 — garante.