A utilização cada vez mais frequente de fêmeas para abate em Mato Grosso não deve comprometer o crescimento do rebanho bovino do estado, atualmente na casa de 29,1 milhões de animais e o maior do Brasil. O entendimento é do superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidônio. Em 2011, dos mais de 4,8 milhões de cabeças fornecidas para as indústrias, 44,6% eram fêmeas e 55,4% eram machos. A opção por fêmeas no ano passado foi a maior desde 2006, quando correspondeu a 49,4%, segundo estudos elaborados pelo Imea.
Fatores como a seca, associada ao ataque de pragas às pastagens contribuíram para elevar o descarte de fêmeas no estado no ano passado. Foram 2,1 milhões de animais abatidos de um plantel total de 11,8 milhões de cabeças, de acordo com o Imea. O desfrute destes animais, que na prática representa a taxa de abates feitos a cada 12 meses, atingiu 18,4%.
Conforme lembra Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o pecuarista optou por utilizar as fêmeas para permitir a movimentação econômica no setor pecuário. Segundo ele, é comum ao setor pecuário abater fêmeas em momentos considerados de crise, quando o pecuarista precisa se capitalizar. Em 2005 e 2006, por exemplo, o produtor recorreu a esta prática e abateu nos dois anos quase 5 milhões de animais.
Para o superintendente do Imea, o ‘fenômeno’ que impulsou o abate de fêmeas entre 2010 e 2011 não pode ser comparado aos anos em que o pecuarista mato-grossense enfrentou um período de crise na atividade. “Entre 2005 e 2006 tivemos um momento crítico. Em 2011, não”, pontuou. A tendência é que a partir deste ano reduza velocidade de abate destes animais.
Fonte: G1 (MT), resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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